(Bebedouro-SP, 28/7/1935) – Ator, cantor, bailarino, coreógrafo, diretor e autor teatral. Nome Artístico: Jô Martin. Venceu, aos 11 anos, o primeiro programa de calouros da Rádio Difusora, em julho de 1946. Trabalhou em várias emissoras de televisão da capital paulista e em diversos espetáculos ao lado de alguns dos maiores nomes do teatro brasileiro e de cantores internacionalmente famosos. Dirige, desde 1983, o Ballet Teatro Oficina, no qual procura passar aos alunos tudo o que aprendeu com grandes mestres do Brasil e de outros países. Entre os musicais que produziu com seus alunos de teatro e dança, destacam-se Sementes do Nada e Estatutos da Vida, apresentados na Sala Glória Rocha e, entre suas coreografias, Himalaya, apresentada na reinauguração do Teatro Polytheama, em dezembro de 1996. Conta, em sua formação acadêmica (1953 a 1965), com os seguintes cursos: Balé Clássico (Jundiaí, São Paulo e Rio de Janeiro), com os mestres Iris Ast, Maria Olenewa, Halina Biernacka, Maria Melor e Jonhy Franklin; Balé Moderno (São Paulo), com os mestres Renée Gumiel e Luciano Luciani; Jazz (São Paulo, Rio de Janeiro e Nova York-EUA), com os mestres Sônia Shaw, Lennie Dale, Harry Hooliver e Luigi; Canto Lírico (Jundiaí e São Paulo), com os mestres Eliphas Chinelatto e Antonio Menezes; Canto Popular (São Paulo), com a mestra Magdalena de Paula; Teatro (Rio de Janeiro), com os mestres Procópio Ferreira e Jayme Barcelos; Música (Jundiaí), com o mestre George Gisbert; Sapateado (São Paulo), com os mestres Luciano Luciani e Luiz Boronini. Possui habilitação para lecionar as seguintes disciplinas: Balé Clássico, Balé Moderno, Jazz, Afro, Dança Contemporânea, Expressão Corporal, Teatro, Canto Lírico, Canto Popular, Teoria Musical e Acordeão. Trajetória artística – Seus primeiros trabalhos profissionais datam de 1957, quando passou a atuar em teatro e televisão como ator, cantor, bailarino, produtor, coreógrafo, autor teatral e diretor cênico. Entre 196l e 1981, passou pelas seguintes emissoras de televisão: TV Record (São Paulo), como ator, cantor e bailarino; TV Excelsior (São Paulo), como cantor, bailarino e coreógrafo; TV Tupi (São Paulo), como cantor e bailarino, coreógrafo e coordenador musical; TV Cultura (São Paulo), como cantor; TV Tupi (Rio de Janeiro), como cantor e bailarino; TV Globo (Rio de Janeiro), como bailarino. Paralelamente aos trabalhos em TV, atuou, a partir de 1962, nas seguintes casas de espetáculos: Beer-haus e Di Mônaco (São Paulo), como diretor artístico, cantor e bailarino. Coordenou, nessas casas, shows de Martinho da Vila, Jair Rodrigues, Elis Regina, Roberto Carlos, MPB 4, Chico Buarque, Silvio Caldas, Maysa, Elizete Cardoso, Grande Othelo, Pedro Vargas, Malcolm Roberts e Johnny Mathis. No Di Mônaco, foi responsável pelo projeto e pela construção de três palcos, em que se apresentavam 21 músicos, com um corpo de baile de 15 elementos, tornando essa casa a mais importante da época. Atuou, também, no Cartola e no Teleco-Teco (São Paulo), como diretor artístico e cantor. No Teatro Record (São Paulo), atuou em todos os espetáculos internacionais realizados nos anos de 1962 e 1963, bem como no Boa Noite Betina, estrelado por Procópio Ferreira, e no Tio Samba, com Betty Faria e Chocolate. Neste último, foi substituto do ator, cantor e bailarino Bob Barren, que veio dos Estados Unidos especialmente para estrelar o espetáculo. Trabalhou, também, no Golden Room do Copacabana Palace (Rio de Janeiro), atuando no espetáculo Tio Samba, com Betty Faria; no Teatro Paramount (São Paulo) e no Teatro Leopoldina (Porto Alegre-RS), atuando no espetáculo My Fair Lady, com Paulo Autran, Bibi Ferreira, Jayme Costa, Francisco Dantas e Elza Gomes; no Teatro de Arena (Rio de Janeiro), atuando nos espetáculos Rio, Bossa e Balanço e Tamosaí, com Leny de Andrade, e A Vez do Morro, como ator, cantor, bailarino e diretor; no Teatro da Universidade da Bahia (Salvador), atuando no espetáculo Rio, Bossa e Balanço; no Teatro Miguel Lemos (Rio de Janeiro), participando como ator, cantor, bailarino e coreógrafo no espetáculo Salmos do Morro e do Mar, ao lado de Marília Pera, sob a direção de Gilberto Bréa e Jayme Barcelos; no Teatro do Hotel Brasília Palace (Brasília), como diretor artístico, cantor, bailarino e coreógrafo; no antigo Teatro Municipal de Campinas (SP), atuando em espetáculos de dança e shows da Rádio Record; no Teatro Municipal de São Paulo, integrando o corpo de baile da Cia. Halina Biernaka, na apresentação do balé Giselle na Sala Glória Rocha (Jundiaí), como diretor e coreógrafo nos espetáculos Planeta dos Palhaços, O Patinho Preto, Sementes do Nada e Estatutos da Vida, por ocasião dos festivais da escola Ballet Teatro Oficina; no Teatro Castro Mendes e no Centro de Convivência (Campinas-SP), atuando em espetáculos de dança das academias Estilo e Dança, Arlete Cervone, Lia Trondi e Beth Rodrigues Ballet e Dança. Desenvolve ainda, desde 1968, atividades como professor, coreógrafo e diretor artístico, junto a escolas de arte. Relacionam-se entre aquelas em que trabalhou: Amanda e Verônica Ballet (São Paulo), Academia de Dança Arlete Cervoni (Campinas), Centro de Artes Lia Trondi (Campinas), Studium Ballet (Campinas), Mariana Natal Ballet (São Paulo), JM Studio (São Paulo), Centro de Danças Rio (Rio de Janeiro), Regina’s Ballet (Limeira), Academia de Danças Lila e Sheila (Americana-SP), Instituto de Cultura Física Kuel-Shin (Itatiba-SP), Studium Dança (Jundiaí) e Ballet Teatro Oficina (Jundiaí). São de sua autoria os musicais Este Ano Nós Dançamos; Sementes do Nada; Estatutos da Vida (baseado no poema Estatutos do Homem, de Thiago de Melo); Na Terra do Faz-de-Conta (infantil); A Crise do Mel no Mundo das Flores (infantil) e Era Uma Vez Num País Tropical (infantil). Alguns desses textos foram encenados em Vitória-ES, Fortaleza-CE, Rio de Janeiro, São Paulo e Itatiba-SP. Trabalhando pelo desenvolvimento das artes cênicas em Jundiaí, Jô ocupou a presidência da Comissão Municipal de Teatro e Dança, de 1985 a 1988, criando, nesse período, o Festival de Novos do Teatro Amador, o Encontro Cênico dos Artistas de Teatro (Encenarte) e o Projeto Dançar (Encontro Regional de Dança – Enredança). Retornando à presidência da Comissão Municipal de Dança em 1995, criou o Mirindança, festival que reúne grupos de bailarinos com idade entre 7 e 12 anos. Foi diretor artístico e cultural do Clube Jundiaiense, para o qual criou os espetáculos Ins-Piração Erótica (1999 e 2000) e A Sensibilidade da Língua (2000) e comandou, durante algum tempo, saraus artísticos às quintas-feiras. Em maio de 2002, protagonizou e dirigiu o espetáculo Não Fais Mal, Não Tem Portância, escrito por Douglas Mondo e Miguel Arcanjo Terra e levado na sede de campo do Clube Jundiaiense, resgatando a vida e a obra musical de Adoniran Barbosa. Paralelamente às atividades no Ballet Teatro Oficina, Jô dirigiu o Teatro Polytheama, de janeiro de 1997 a julho de 1999 e de 2001 a 2004.