Jundiaí, 28/1/1909 +18/8/1964 – Maestro e compositor. Deficiente visual desde o nascimento, foi com sua própria mãe, professora Olga, exímia pianista da época, que Mário Chaves iniciou sua formação artística. A mãe buscou para ele métodos musicais adequados no Rio de Janeiro, permitindo-lhe, assim, desenvolver vocação igual à dela. Mário Chaves fez seu aperfeiçoamento musical no Conservatório Musical de Campinas-SP, sob orientação do professor Miguel Ziggiatti, enquanto adquiria formação escolar especializada com o professor Norberto de Souza Pinto. Aos 16 anos, já músico formado, passou a integrar as orquestras que tocavam nos cinemas de Campinas e da região, acompanhando as cenas e movimentos de filmes mudos. Em 1947, ele lançava, pela Rádio Difusora Jundiaiense, o primeiro programa dirigido a portadores de deficiências visuais: A Vida no Mundo dos Cegos. Posteriormente, sob o patrocínio da confeitaria À Paulicéa, pôs-se a apresentar o programa Solos de Acordeon, no qual entoava tangos e músicas americanas em seu instrumento e também abria espaço para a apresentação de jovens acordeonistas e seus professores. Em seguida, lançou também Solos de Piano, igualmente aberto a outros músicos da cidade. Mais tarde, seus programas radiofônicos seriam levados para outras emissoras de Jundiaí e região, como a Rádio Santos Dumont e a Rádio Progresso de Itatiba. Ainda na década de 1940, o seu talento foi demonstrado, por diversas vezes, acompanhando artistas que se apresentavam no Cine Theatro Polytheama, como o poeta e declamador João Nogueira, cujo recital Noites Brasileiras contou com os seus acordes. Já na década de 60, era ele responsável pelo surgimento, em Jundiaí, do serviço de teledespertador, pelo qual as pessoas tinham o seu despertar garantido, na hora marcada, através de um chamado telefônico. Também, por empenho seu, foi fundado na cidade o Instituto Luiz Braille, que presta assistência aos deficientes visuais de Jundiaí e região até os dias de hoje. Mário Chaves se dedicou à arte até os momentos finais de sua vida, trabalhando como mestre musical e como técnico/afinador de pianos credenciado pela Fábrica de Pianos Brasil.  Sua obra musical tem continuidade, em Jundiaí, por intermédio de sua filha, professora Lúcia Olga Chaves.

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EFEMÉRIDES
Em 22 de outubro de ...
1940 Falecia em Jundiaí, aos 67 anos, o jornalista Abílio Figueiredo.
1950 Nascia em São Paulo o jornalista, artista plástico e produtor musical Galdino José Mesquita.
1990 Falecia em Jundiaí o locutor e radioator Armando Dainese.
2001 Falecia em Jundiaí Adelaide Cereale Fernandes Molina, ex-presidente do SOS e uma das primeiras brasileiras a voar e a praticar paraquedismo. 

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