(São Roque-SP, 2/10/1934) – Cantora revelação do 4º Centenário de São Paulo. Filha de Francisco Bigas e Maria Rossik, Isabel veio para Jundiaí com um ano e meio de idade e começou a cantar aos 14 anos, integrando o coro da Igreja São João Batista. Do coro, passou a cantar também nas procissões da Semana Santa, como Verônica (mulher que leva o Santo Sudário), e foi nessa época que recebeu convite para tornar-se crooner da Orquestra City Swing. Permaneceu cerca de dois anos, viajando por diversas cidades do interior. Depois, cantou mais onze anos na Orquestra Universal. Por um longo período, fez parte do cast artístico da Rádio Difusora Jundiaiense, participando do programa Prata da Casa, que era realizado no antigo Cine Ideal, e também em outros programas de auditório, aos sábados e domingos, nos próprios estúdios da rádio e nos cines Ideal, Polytheama e República. Entre 1953 e 1954, integrou o Conjunto Zona Norte da Cidade, ao lado de Diogo Lucena, Nelson Lucena, Fernando Lucena, Nivaldo Vittori, Mário Mazzola e Eraldo Pinheiro. Nessa mesma época, participou, durante três meses, do programa Só Para Mulheres, que era apresentado por Randal Juliano, na Rádio Record. Em 1955, participou do programa Peneira Rondini, comandado por Hélio Araújo, na Rádio Cultura, classificando-se entre os melhores calouros do Estado. Em seguida, foi convidada a participar do programa Juízo Final, apresentado por Salomão Ésper, na Rádio Bandeirantes, onde obteve o primeiro lugar. Como prêmio, ganhou a gravação de seu primeiro disco – um compacto simples, em alumínio, onde sua voz foi documentada com a interpretação da música Cubana Can, de E. Lucuone. Logo depois, gravou um disco independente, com as músicas Maria-La-ô e o samba-canção Lembranças, de autoria de seu marido, o violonista Álvaro Vanzan. Embora tenha feito carreira como cantora popular, Isabel sempre gostou do canto erudito, tendo, inclusive, buscado o aprimoramento da voz para este gênero de música, tomando aulas com a professora Eliphas Chinelatto, no Conservatório Modelo. Cantou em orquestras até 1962, e depois, junto com o marido, manteve um programa próprio na Rádio Difusora: Uma Voz …Um Violão. Depois do nascimento de seu filho Sidney, suas participações musicais ficaram restritas aos saraus dos Chorões do Japy, até cessarem, por completo, com a morte de Alvarito. Em 2000, convidada por amigos e incentivada pela própria família, Isabel voltou a cantar em público, participando dos encontros semanais do Movimento Cultural Cidade de Jundiaí, primeiro, no Shopping Paineiras, e depois, na sede central do Clube Jundiaiense.