(Rinópolis-SP, 23/4/1956) – Artista plástico autodidata. Assina Caju. Seu pendor para a arte começou a revelar-se na infância, no hábito que tinha de esculpir em pedras de sabão e moldar figuras em barro. Aos seis anos, já morando em Jundiaí, Caju confirmava essa inclinação, destacando-se na escola pela facilidade em reproduzir objetos, paisagens e a figura humana. Quando ingressou no curso ginasial, começou a tomar parte em exposições e em 1970 tornou-se um dos pioneiros da Feira de Arte e Artesanato de Jundiaí, então realizada na Praça Governador Pedro de Toledo. A partir daí, seguiu participando ativamente dos movimentos artísticos na cidade. Em 1978, depois de casar-se com Vasti Bravo Negrin, executou 12 obras inspiradas no folclore brasileiro para serem integradas ao acervo da família Bosch, na Alemanha. Em 1980 produziu diversas obras para colecionadores espanhóis e japoneses. No ano seguinte, obteve a segunda colocação na mostra Novos Valores de Jundiaí. Em 1982 foi incumbido de executar cenários para diversos grupos musicais e teatrais e em 1983 tornou-se um dos fundadores do Movimento Cultural Domingo no Parque, sendo eleito o seu diretor administrativo. Permaneceu no cargo até 1985, quando foi convocado para executar trabalhos de restauro na Via Sacra e em outras obras da Catedral Nossa Senhora do Desterro. Em 1986 fez o restauro de 16 peças, entre obras de arte e mobília do Império, na Casa Brasil Antiguidades, no município de Atibaia-SP. Em 1987, tornou-se monitor cultural junto à Coordenadoria Municipal de Cultura e Turismo, com o encargo de dirigir a seleção dos artistas expositores da Feira de Artes e Artesanato de Jundiaí. Em 1988 participou de coletiva de artes na inauguração do Ministério dos Negócios do Interior, em São Paulo. Também nesse ano, restaurou o busto do maestro Armando Pellicciari, em Jundiaí e passou a participar das feiras de arte da Praça da República (São Paulo) e do Guarujá-SP, expondo obras produzidas em óleo sobre tela. Em 1989, juntando-se ao escultor José Roque Cerezer, Caju passou a executar trabalhos de serralheria artística, além de ministrar aulas particulares de entalhe em madeira. Em 1990, sua produção artística já alcançava mais de 1.750 quadros, estando boa parte em mãos de colecionadores estrangeiros. Ainda em 1990, Caju participou, com Francisco de Matheo, do movimento pela preservação da Serra do Japi, incumbindo-se da criação e execução das peças publicitárias da campanha. Prossegue sua jornada no campo das artes plásticas, executando trabalhos de desenho, propaganda, projetos de fachadas e interiores de lojas, pintura de quadros, esculturas, entalhes em madeira, vitrais, cerâmica, arte em repuxo e cinzel, e nas horas livres dedica-se à literatura, escrevendo romances e contos. Entre outros trabalhos, tem, a caminho do prelo, o romance intitulado A Partida, entregue à Editora Literarte.