Cineasta, jornalista e radialista. Nome artístico: Loro. Paralelamente ao trabalho na Cia. Paulista de Estradas de Ferro, Lourival Miranda Duarte manteve, durante toda a sua vida, uma estreita relação com o meio cultural jundiaiense. Seu contato com esse meio começou com o desempenho das funções de lanterninha, orientando as pessoas e vigiando os casais no ambiente escuro do cinema, e extrapolou todos os limites que se podia prever. Graças à chance que tinha de assistir aos filmes gratuitamente, Loro fez-se um acurado analista da performance dos atores, bem como, dos meios e técnicas utilizados nas películas, com isto se credenciando para a direção do primeiro e mais polêmico filme já feito em Jundiaí, O Cavaleiro da Serra, que foi produzido em 1939, com elenco e equipe técnica genuinamente jundiaiense. Seu interesse por tudo o que fosse ligado à arte e à cultura em geral, o tornou, também, apreciado articulista do jornal A Folha e, mais tarde, em 1948, o criador dos primeiros programas infantis de auditório da Rádio Difusora Jundiaiense, o Calouros E-6 e o Clube Infantil Difusora, os quais, durante vários anos, foram apresentados nos cines Ideal e Polytheama. Também em 1948, Loro apresentou na Difusora uma série de programas de cunho cívico-cultural, repassando aos seus ouvintes episódios da Revolução Constitucionalista de 1932.