(Jundiaí, 1/2/1789 +Campinas, 11/10/1870) – Barão de Jundiaí. Filho do guarda-mor Antonio de Queiroz Telles (I) e de D. Anna Joaquina da Silva Prado (filha do capitão-mor Martinho da Silva Prado e de Maria Leme Ferreira), foi Antonio de Queiroz Telles dono de fazendas de cana de açúcar e café, lhe tendo pertencido o latifúndio denominado Sítio Grande, de cujo desmembramento surgiram as fazendas São Luís, Buritis, Boa Vista, Santa Gertrudes, que foram passadas aos seus filhos. Além de sargento-mor da Guarda Nacional, ocupou na cidade os cargos de Juiz de Órfãos, Vereador, Presidente da Câmara, Eleitor Paroquial e Delegado de Polícia. Eleito sempre com a maior votação, chegou a deputado e presidente da Assembleia Provincial de São Paulo. Quando o Imperador Pedro II visitou a Vila de Jundiaí pela primeira vez, em 1846, coube-lhe a honra de hospedar S. Majestade. Por ocasião da Guerra do Paraguai, contribuiu Antonio de Queiroz Telles com vultosa quantia para o amparo das famílias dos jundiaienses que se dispusessem a partir para os campos de batalha. Destinou, do mesmo modo, grande soma em dinheiro para a construção do Asilo dos Voluntários da Pátria, no Rio de Janeiro, aonde foram ter abrigo e amparo os soldados brasileiros feridos ou mutilados em campanha. Por conta desses préstimos, o governo imperial apressou a elevação de Jundiaí a Vila (28/3/1855) e concedeu a Antonio Queiroz Telles, sucessivamente, os títulos de Cavaleiro, Oficial e Comendador da Imperial Ordem da Rosa e Barão de Jundiaí. Tendo recebido este último título em 14/8/1870, portanto, poucas semanas antes de falecer, não teve o Barão tempo de compor e registrar o seu brasão de armas. Morto em Campinas, o seu corpo foi trazido para Jundiaí em carro fúnebre puxado a cavalos, com o acompanhamento de seus familiares, autoridades e pessoas amigas viajando em liteiras – como era costume na época, visto não estar concluída ainda a ligação entre as duas cidades por via férrea. Seu sepultamento no Cemitério Municipal Nossa Senhora do Desterro deu-se com grandes honras, às quais se associaram os governos do Império e da Província. Sobre o seu túmulo foi inscrita a legenda: “Foi Pai e Protetor dos Pobres”.