(Jundiaí, 1921) – Artesã de origami. Filha de imigrantes japoneses, que em Jundiaí se fez conhecida como Palmira, Nissako Kondo só foi conhecer o origami aos 78 anos, porém, certa de conseguir realizar um projeto deveras ambicioso com o uso dessa técnica. Tal projeto, concebido em 1985, quando esteve em Paris, era não mais e não menos do que reproduzir, com pedaços de papel, a famosa Torre Eiffel. Antes de pôr em prática a ideia que há tantos anos fervilhava em sua mente, ela buscou aprimorar-se no domínio daquela técnica – entre os brasileiros, conhecida como dobradura –, para isto recorrendo a revistas especializadas, publicadas no Japão e dirigidas à colônia nipo-brasileira. Finalmente, em 2001, depois de haver montado todo tipo de figuras em origami – desde aves e gatinhos a potes de biscoitos – Palmira foi dar início à construção da sonhada torre, auxiliada pelos cálculos do projetista Walter Boni, que dimensionou para ela um monumento com três metros de altura. Nesse trabalho, que ficou pronto em 2002, a tempo de ser mostrado na exposição comemorativa dos 94 anos da imigração japonesa no Brasil – evento realizado no Museu Histórico e Cultural de Jundiaí, no mês de junho – Palmira utilizou nada menos que 15.000 dobraduras, com 10 cm cada.