Originalmente denominada Corporação Musical Ítalo-Brasileira e, depois, Sociedade Musical e Recreativa União Brasileira, a famosa Banda Ítalo foi criada em 15 de abril de 1918, em uma reunião realizada no armazém de Giuseppe Rossi, na esquina da Rua da Estação (atual Barão do Rio Branco) com a Rua Lacerda Franco, com as presenças de Enrico Pellicciari e de seus filhos Umberto, Amilcar, Arthur e Orestes Pellicciari, mais os amigos Arthur Vasques, Frederico Nano, Avelino de Lima, Sylvio Candello, Salvador Maringoli, Pedro Murachini, Horácio Michelletti, José de Lima, Romualdo Villar, Tito Capato, Attilio Silvestroni, Romualdo Mosca, Ângelo Ferracini, José Caldo, Alberto Rossi e Braz Felizola. Sua primeira apresentação deu-se em 13 de maio de 1918, no antigo campo do Corinthians Jundiaiense F.C., na Vila Arens, por ocasião de uma partida disputada pelo time local com o Cambuci F.C., de São Paulo. Seus ensaios, nessa época, eram feitos em um barracão da Rua da Estação, onde Enrico Pellicciari tinha fábrica de cadeiras. A Ítalo ganhou seus estatutos em 1926, ano em que se deu a compra do terreno para construção de sua sede, esta inaugurada no ano seguinte, por ocasião dos festejos do Dia da Independência. Nessa primeira fase da sua existência, a corporação foi regida pelos maestros Arthur Vasques, Francisco Ribeiro e José Bovolenta, realizando memoráveis retretas no Largo da Feira e participando, também, de eventos marcantes fora de Jundiaí, como em 1936, na cidade de Campinas, quando se apresentou nas comemorações do centenário de nascimento de Carlos Gomes. Em 1938, sob a presidência de José Romeiro Pereira, a Ítalo ganhou a sua biblioteca, organizada por Aldo Cipolato, e para sua inauguração fez realizar o memorável Baile do Livro, no qual foi apresentada a valsa O Livro, com letra do próprio Cipolato e música do maestro Frederico Nano. Nesse ano, também, a entidade alterou a sua denominação da entidade, passando a chamar-se Sociedade Musical e Recreativa União Brasileira.
