(Rio de Janeiro, 16/3/1852 +Jundiaí, 14/5/1930) – Educador. Filho do farmacêutico Luiz Nogueira da Rosa e de d. Joaquina de Jesus da Rosa. Aos 14 anos, decidido a abraçar a carreira das armas, Luiz Rosa matriculou-se na Escola de Aprendizes de Artilheiros. Ao término do curso, foi comissionado alferes e mandado servir no Regimento de Artilharia Montada, aquartelado em São Gabriel, no Rio Grande do Sul. Em 1879, após ser preterido numa promoção, que de direito lhe competia, Rosa deixou o Exército, para se dedicar ao magistério. Entregou-se a este mister por mais de 50 anos, lecionando em escolas como o Colégio Pujol, em Mendes-RJ (1881); Ginásio Infantil e Colégio Feitosa, em Jundiaí (1889); Colégio Culto à Ciência, em Campinas (1892); Colégio Scrosoppi, em São Paulo (1905); e Ginásio Hydecroft, em Jundiaí (1908-1917). Dirigiu estabelecimentos de ensino em Piracicaba (1888-1893), Campinas (1896-1897 e 1899-1903) e Jaguari (1897-1899). Em 4/5/1917, fundou em Jundiaí o Ginásio Rosa, instalando-o nas mesmas dependências do Hydecroft, que, nesse ano, declarara insolvência financeira. Em 1931, num opúsculo sobre a vida e obra do educador, mandado editar por seus ex-alunos e colaboradores, escreveu Rodolpho Noronha, ex-professor do Rosa em Campinas e Jaguari: “Luiz Rosa deve ser um símbolo para aqueles que se dedicam ao escabroso mister de educação da mocidade; um símbolo e um exemplo, porque Luiz Rosa nunca mergulhou no oceano das conveniências pessoais, com o pavor das atitudes, sabendo sobrepor aos interesses de toda ordem o da instrução, de que foi um verdadeiro apóstolo, suportando todas as tempestades, sentindo todos os amargores, curtindo, estoicamente, todos os sofrimentos. É que ele era um idealista, e nunca um industrial do ensino. Teve sempre uma ambição lisa, pura, elevada, ambição que, conquanto ardente e patriótica, era de recolher-se à penumbra.” Luiz Rosa também foi exímio flautista, havendo frequentado, em seu tempo de cadete, numerosos serões musicais na residência do Marechal Deodoro da Fonseca. Conforme relato do professor Sebastião Augusto de Miranda, no opúsculo já citado, quando Luiz Rosa se achava em serviço no quartel, em dias daqueles serões, ele costumava mandar um cartão à esposa do marechal, justificando a sua ausência, certo de que, assim, ela o mandaria buscar. Era quando a primeira dama do Paço comentava com o marido: “Como? Justamente hoje, que temos uma música nova! É preciso que ele venha!” E o marechal, que conhecia a história da “música nova”, redarguia: “Já sei. O cadete Rosa está impedido.”