(Jundiaí, 17/6/1912 +3/6/2004) – Poeta, cronista, contista e pintora. Pseudônimo literário: Sensitiva. Pseudônimo artístico: Gislaine. Filha do Capitão da Guarda Nacional Joaquim da Silva Rocha, português naturalizado brasileiro, e de Luíza Bloch, pernambucana da cidade de Pesqueira, Luíza da Silva Rocha viveu a infância e a juventude num antigo casarão da Rua Rangel Pestana, onde, em constantes reuniões, se encontravam músicos, pintores e escritores de Jundiaí e de outras localidades, amigos de seus pais. Foi nesse ambiente, frequentado por intelectuais do porte de Afonso d’Escragnolle de Taunay (escritor, historiador, jornalista e catedrático em Filosofia, filho do Visconde de Taunay) e por artistas do estofo de José Gomes de Abreu (ou, simplesmente, Zequinha de Abreu), que tanto ela quanto sua irmã Glória Rocha desenvolveram suas aptidões para o fazer artístico.Depois de cursar o primário na Escola Paroquial Francisco Telles, em Jundiaí, Luíza deu sequência aos seus estudos na Escola Bento Quirino, em Campinas, e veio concluílos no antigo Colégio Florence, transformado, em sua época, na Escola Normal Livre de Jundiaí. Também fez estudos de pintura no Instituto de Artes, em Campinas, foi aluna do Instituto de Orientação Artística, de Jundiaí, e fez cursos livres de História da Arte, Jornalismo, Oratória, Publicidade, Decoração e outros. Como escritora, fez-se uma das fundadoras da Academia Feminina de Letras e Artes de Jundiaí – entidade que presidiu por sete mandatos consecutivos – e uma das restauradoras da Academia Jundiaiense de Letras, além de idealizar a criação da Academia Juvenil de Letras e Artes de Jundiaí, da qual se tornou patrona. Fez parte, também, de outras entidades culturais e literárias, como o Clube dos Poetas, a Academia Anapolina de Filosofia, Ciências e Letras (Goiás), a Academia Internacional de Ciências Humanísticas e The International Academy of Letters England (Inglaterra), tendo sido, ainda, uma das primeiras pintoras a se filiar à Associação dos Artistas Plásticos de Jundiaí. Colaborou nos jornais Diário de São Paulo, O Jundiaiense, A Folha, Jornal da Cidade e Jornal de Jundiaí – no qual manteve uma coluna feminina. Participou de numerosas antologias, entre elas: Antologia Poética de Jundiaí (1979), Momentos de Inspiração (1980), Caminhando Juntos (1981), Letras Acadêmicas e Coletânea da AFLAJ. (todas as edições, até 2003), publicadas em Jundiaí. Recebeu premiações em diversos concursos literários, destacando-se, em 1995, no Concurso Internacional da Academia de Ciências e Letras de Brasília. Entre outras honrarias, foi merecedora da Comenda Carlos Gomes (Campinas) e da Medalha Petronilha Antunes, outorgada pela Câmara Municipal de Jundiaí. Também foi laureada em Portugal e na Inglaterra. Publicou os livros Festim de Graças, Mensagens Mediúnicas e Viver, pela João Scortecci Editora. Artes Plásticas – Luíza Rafael fez sua incursão nesta área por intermédio do Instituto Universal Brasileiro, aperfeiçoando-se, depois, em cursos ministrados pelos professores Felipe Atalla (Sorocaba-SP), Maria Luíza Pompêo de Camargo (Campinas-SP) e Clementina de Lima (São Paulo). Participou de exposições no Gabinete de Leitura Ruy Barbosa, no Ginásio Rosa, no Museu Histórico e Cultural de Jundiaí e no Clube 15 de Novembro, em Itapira-SP. Teve participação, também, no II Salão de Arte Contemporânea realizado em 1976, no Parque Municipal Comendador Antonio Carbonari, e na mostra de encerramento do Curso de História da Arte ministrado no Centro Jundiaiense de Cultura em 1981.
