(Curitiba-PA, 29/9/1894 +Jundiaí, 29/1/1955) – Após aprender as primeiras letras em Curitiba, Frederico Perracini foi prosseguir seus estudos na Itália, onde se diplomou em Química pela Escola Superior de Agronomia de Milão e em Enologia pela Escola de Torino. Ao término de sua formação, foi assistente da cadeira de Enologia em Alba (província de Piemonte), onde conheceu e se casou com Catharina Capellano, filha de industriais do vinho cuja marca Capellano permanece conhecida até os dias atuais. Ainda na Itália, nasceu a primeira filha do casal, Fernanda, posteriormente casada com o industrial jundiaiense Hugo Milani. De volta a Curitiba, Perracini associou-se a outros professores para fundar a Universidade do Paraná e o famoso Instituto de Química localizado no bairro de Bacaxeri. Outros desafios, entretanto, estavam ainda por se colocar em sua vida – e um deles foi o que o trouxe para Jundiaí. Era 1932 e ele acabava de doutorar-se pela Escola Agronômica do Paraná, quando, por uma indicação do embaixador da Itália no Brasil, S. E. Mazzolini, foi convidado pela diretoria da Elekeiroz para assumir o comando da fábrica instalada em Jundiaí, no antigo Bairro da Várzea. Aceito o desafio, mudou-se para cá, trazendo consigo a família, já então ampliada com o nascimento de seus outros dois filhos, Eva e Aldo, hoje dirigentes de escolas na capital. Na direção da Elekeiroz, a par da sua competência profissional, Perracini teve oportunidade de demonstrar suas qualidades humanitárias, ouvindo e atendendo as reivindicações não só do operariado como de todo o bairro formado em torno da fábrica. Com a projeção do seu nome, não demorou para que fosse lançado candidato e se elegesse vereador pelo Partido Constitucionalista Brasileiro. No exercício do mandato, a admiração e o respeito dos colegas levaram-no a ocupar a presidência da Câmara, e o apreço por seu trabalho em prol da coletividade foi demonstrado pela União Progressista de Vila Arens, que em 1936 o homenageou com um cartão de prata, e por todo o povo de Jundiaí, que o escolheu como paraninfo da nova Igreja do Rosário, quando esta foi inaugurada no Largo da Santa Cruz. Como agrônomo e enólogo, influiu sobremaneira no desenvolvimento da agricultura jundiaiense, quer por meio de orientação técnica como por meio de artigos publicados na revista Vitória, que foi editada em Jundiaí entre os anos 1941 e 1949. Por contingência de sua vida profissional, Frederico Perracini chegou a afastar-se de Jundiaí por alguns anos, retornando, depois, como dirigente da Tecelagem Santana.

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EFEMÉRIDES
Em 20 de março de ...
1928 Nascia em Indaiatuba-SP o clarinetista Miguel Salla.
1958 Nascia em Jundiaí a empresária, artista plástica e ex-primeira-dama do município Maria Rita Haddad.
1961 Falecia em Jundiaí, aos 75 anos, Domingos Bisogni, fundador da Associação dos Alfaiates de Jundiaí.
1966 Nascia em Jundiaí o produtor artístico Euler Soares.
1984 Falecia em Jundiaí, aos 66 anos, o músico e ferroviário Eduardo Arkchimor.

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