Além de ser a biblioteca mais antiga de Jundiaí, o Gabinete de Leitura Ruy Barbosa é também a instituição que tem a mais estreita relação com a história das artes plásticas nesta cidade. Fundado em 28/4/1908, por iniciativa de Conrado Augusto Offa, Benedito de Godoy Ferraz, João Xavier Dias da Costa, Arthur Basílio de Oliveira, Carlos Hummel Guimarães, Manoel Martins de Azevedo e outros funcionários da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, funcionou, nos primeiros anos, em diversos pontos do centro da cidade, sob a denominação de Gabinete de Leitura de Jundiaí. Seu primeiro acervo foi composto por 104 obras, totalizando 184 volumes. Logo de início, registrou-se que 75 obras foram requisitadas pelos sócios. Possuía 17 folhetos e assinava três jornais de fora e dois locais. Sua preocupação com a difusão, o desenvolvimento e a preservação das belas artes remonta aos primeiros anos de existência, quando, entre uma compra e outra de livros, jornais e revistas, já constavam em suas atas o acolhimento de pedidos de uso de seu salão para exposições e o registro de doações de obras, que lhe eram feitas pelos artistas ou por benfeitores. Um destes registros, datado de 21 de setembro de 1923, dá conta da doação feita por um pintor de nome Orestes, de um quadro com o retrato do engenheiro Francisco Paes Leme de Monlevade, que então ocupava o cargo de Inspetor Geral da Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Depois de passar por diversas sedes em imóveis alugados, em 5 de janeiro de 1924 foi inaugurado o atual prédio do Gabinete, com a presença do poeta Francisco Pat, da Academia Brasileira de Letras. Já tinha, então, o nome de Gabinete de Leitura Ruy Barbosa, sugerido pelo prefeito da cidade, Olavo Guimarães, em homenagem ao político e jurista baiano falecido em 1923. Ainda no ano de 1924, devido ao levante militar ocorrido no Rio de Janeiro, o Gabinete teve suas atividades interrompidas por alguns meses. Quando da sua reabertura, constatou-se o desaparecimento de algumas obras de arte (ata de 5 de dezembro de 1924). A partir desse fato, a diretoria sentiu a necessidade de incrementar a aquisição de novas obras, propiciando, com isto, a formação de um riquíssimo acervo. Destacam-se, entre as aquisições que se seguiram, uma paisagem da pintora Alice Cavalcanti, incorporada ao seu acervo em 1934, e obras de Felix Pacheco, em 1938. Em 1943, sob a presidência de José Romeiro Pereira, surge, por iniciativa deste, a ideia da criação de um museu e uma pinacoteca no Gabinete. Após uma conferência proferida pelo Dr. Carlton Sprague, do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, sobre o tema O Museu de Arte Moderna, é lançada, em 10 de novembro do mesmo ano, uma campanha de doação de obras à futura pinacoteca, tomando a sua frente os srs. Jurandyr de Souza Lima, Abelardo Vergueiro César e Eduardo Tomanik. Além dos próprios membros dessa comissão, figuram entre os primeiros doadores: o pintor Francisco Bardari, Celso de Castro Mendes, Bento do Amaral Gurgel, Ernesto B. Tomanik, Estevan Kiss, o ator Procópio Ferreira, o pintor Diógenes Duarte Paes, Hilda Del Nero Bisquolo, Xisto Araripe Paraízo (Tendas de Ciganos, de G. Deaca), Carlos Gomes Cardim Filho (Solar Revolucionário). Rappa & Milani S/A colaborou, na época, com a quantia de Cr$ 1.000,00 (hum mil cruzeiros) para que se fizesse outras aquisições. Finalmente, reunindo um total de 70 obras, devidamente catalogadas, a pinacoteca é inaugurada em 23 de fevereiro de 1946, com o ato sendo marcado por uma conferência de Osório César, sobre o tema Como se Deve Compreender Uma Obra de Arte. A primeira amostra do acervo da pinacoteca aconteceu, já no mês seguinte, com a exposição de quadros de Oscar Campiglia, que fora um dos principais mentores do empreendimento, além de também já vir cuidando da formação de novos pintores, por meio de cursos ministrados no Gabinete, ao lado do pintor Amadeu Accioly. Sucederam-se, naquele ano, expondo suas obras no Gabinete: Ângelo Simeone (de 13 de julho a 5 de agosto), Virgílio Della Mônica (outubro), Diógenes Paes (novembro) e Carol Kossak (dezembro). Já em 1947, é organizada pelo Gabinete, com o apoio da Prefeitura Municipal, a 1ª Exposição Circulante, que levou as obras de nossos artistas até as cidades de Pinhal e Itapetininga. Também ganha destaque, neste ano, a exposição de quadros do pintor italiano J. Columbari, realizada no mês de outubro. As atas, recortes de jornais e catálogos existentes nos arquivos do Gabinete de Leitura Ruy Barbosa registram a realização de duas exposições no ano de 1948: a da pintora Sofia Tassinari, no mês de abril, e a do pintor Luiz Gualberto, em novembro. E, em 1949, uma exposição de desenhos infantis, revelando os futuros talentos de Jundiaí nas artes plásticas. Evento dos mais marcantes, no fechamento da primeira metade do século, foi o I Salão Jundiaiense de Belas Artes, para cuja realização o Gabinete de Leitura Ruy Barbosa contou com o apoio da Prefeitura Municipal, através de sua Diretoria de Ensino. Este Salão teve como patrono o pintor Almeida Júnior e como artistas homenageados os professores Sylvio Graziani e Deodato Pestana, que a cidade havia perdido há poucos anos. Na inauguração, no dia 16 de dezembro de 1950, estiveram presentes o prefeito Vasco Antonio Venchiarutti, o deputado José Romeiro Pereira, o presidente do Gabinete, Jurandyr de Souza Lima, e o pintor Amadeu Accioly, na qualidade de secretário da Comissão Organizadora. O orador foi o professor Lázaro Miranda Duarte. Participaram como expositores: Artêmio Matiazzo, Alfredo Abaid, Amélia Dumangin Santos, Avelina de Brito, Dinah de Campos Bocchino, Fernanda Perracini Milani, Guilherme Ferreira, Inês Oliveira Enfeldt, Léa Bulis, Luci Sampaio Teixeira, Lúcia Ricci, Maria Augusta Mendonça de Carvalho Traldi, Orlando Rômulo Paschoal, Maria Aparecida Van Langendack, Antonio Del Monte, Adelina Ferrari Garcia, Arsênio Pessolano, Luiz Mizzete, Lucy Soares de Castro, Maria de Almeida Garcia, Odila de Souza, Pe. Damião Prenteck SDS e Sylvio Hila Gimenez. Na Seção de Arquitetura foram expostas obras de Vasco Antonio Venchiarutti e do professor Flávio D’Angieri. Os salões oficiais de arte continuaram sendo realizados no Gabinete de Leitura Ruy Barbosa até sua quinta edição, em 1968, sendo daí transferidos para o Parque Municipal Comendador Antonio Carbonari, onde tomaram o nome de Encontro Jundiaiense de Arte (EJA). O Gabinete, entretanto, prosseguiu apoiando os artistas da cidade, cedendo suas dependências para exposições, como a que foi realizada em dezembro de 1975, que reuniu dezenas de obras dos pintores e escultores filiados à Associação dos Artistas Plásticos e seus convidados. Participaram desta mostra, na Seção de Pintura: Antonio Edmilson Thomazeski, Issis Martins Roda, Élvio Santiago, Maria Cândida Giacomelli, Adriana Gai Jona, Antonio Thyrso Pereira de Souza, Yole Antiqueira Mendes Pereira, João Ribeiro Júnior, Regina Dragiça Kalman, Édison Turqueto, Isaías Francisco de Moraes, Elaine Guião Bellini, Neusa Maria Cestari, Maria Aparecida Calegari e Fernando Ramos de Souza, de Jundiaí; Arlete Neme, José Aurélio Martinez, José Luiz de Queiroz Telles e Joaquim Costa, de São Paulo; Antonio Carlos de Almeida, de Itatiba, e Stival Forti, da cidade de Limeira. Na Seção de Escultura: José Roque Cerezer, Raul Zomignani (O África) e Marino Zambon, todos de Jundiaí. Nos últimos anos, o Gabinete sediou, entre outras, as seguintes mostras: 1976 (21 a 28 de maio) – Exposição do pintor Issis Martins Roda, com 22 quadros; 1977 (24 a 28 de julho) – Exposição dos artistas plásticos Fernando Ramos de Souza, com desenhos, e Isaías Francisco de Moraes, com pinturas; 1977 (12 a 22 de outubro) – Exposição do pintor Heddy Harpeck, com 28 óleos; 1977 (29 de novembro a 4 de dezembro) – Exposição dos alunos do Instituto de Orientação Artística, organizada pela professora Maria José Paixão e pela diretora do I.O.A., Maria Luíza Gáspari Müller, apresentando 50 óleos sobre tela; 1977 (16 a 23 de dezembro) – Coletiva das pintoras Norma Jaques Lippel, Madalena Mello Moraes Silveira, Estrela Dalva Lopes de Castro e Anna Maria Sanson; 1978 (Fevereiro) – Exposição dos pintores Athos Pimenta de Pádua e Issis Martins Roda, inaugurando a minigaleria de arte do Gabinete, cuja direção foi, então, entregue ao artista plástico João Borin; 1979 (5 a 9 de junho) – IV MANJU – Manifestação Artística da Medicina de Jundiaí, reunindo trabalhos de pintura, tapeçaria e porcelana, elaborados por alunos da F.M.J.; 1979 (16 a 23 de dezembro) – Exposição do pintor primitivista José Messina, com 32 pinturas em óleo sobre tela; 1981 (12 a 19 de novembro) – V Salão de Arte Contemporânea, organizado pela Associação dos Artistas Plásticos de Jundiaí, reunindo 70 obras de 20 artistas da cidade e região; 1985 (20 a 26 de julho) – Exposição de pinturas de Sebastião Penteado; 1988 (7 a 23 de julho) – Exposição Apologia do Universo, com pinturas de Ige D’Aquino; 1989 (5 a 20 de agosto); Exposição Art Pró-Aids, com quadros em estilo art nouveau, doados pelas artistas Regiane de Cássia Leite da Cunha e Romemary Batistella, para venda em prol do tratamento dos aidéticos; 1995 (26 de setembro a 2 de outubro) – Exposição Músicos de Orquestra, com 10 óleos do pintor José Carlos de Lima Júnior; 1997 – Individual do artista plástico Issis Martins Roda; Terra – Exposição de fotos de Sebastião Salgado; Coletiva Óleo, Acrílico & Aquarela, com obras dos artistas Douglas de Souza, Irene Chaves, Marcos Antonio Cereser, Maria Paula Pestana Barbosa, Paulo Rogério Borges e Sueli Knox; Individual do pintor Ivon Suarys; Exposição in memoriam do fotógrafo Oswaldo Willy Fehr; Individual da pintora Maria Diva Taddei Vasconcellos; Individual da pintora Regina Yoko Aoki; 1998 – Coletiva Sempre-vivas (em comemoração ao Dia Internacional da Mulher), com as artistas Bell Agnello, Maria Helena de Paula, Márcia Cardin, Sueli Knox, Maria Lúcia Colaferri; Retrospectiva do I Salão Jundiaiense de Belas Artes, realizado em 1950, organizada pelo jornalista Celso de Paula; I Mostra do Acervo. O local dessas exposições foi oficialmente denominado Sala Maurício Dumangin Mojola, por deliberação da Diretoria e conselheiros do Gabinete, em 29 de março de 1983. Em 1997, esse espaço ganhou instalações especiais, concebidas pelo artista plástico Argemiro Saviolli, e mais recentemente, com sua reforma, foi substancialmente ampliado. Entre 1997 e 1998, anexo à Sala Maurício Dumangin Mojola, funcionou o Ruy Café, promovendo também pequenas exposições de arte, tais como: Máscaras, de Marici Nicioli e Juliana Fernandes; Exposição de Bonecos, de Petrônio Nascimento; Cenas de Jundiaí, com fotos de Júlio Monteiro e Dago Nogueira; Pinturas de Emanuel Lourençon. Para adaptar-se à realidade dos novos tempos, nas décadas de 1980 e 90 o Gabinete passou por diversas reformas e ampliações, permitindo-lhe, com isto, disponibilizar aos associados o conforto de uma sala equipada com sete computadores ligados on-line à Internet e um anfiteatro dotado de toda a infraestrutura necessária para cursos, palestras e conferências. Depois dessas reformas, a entidade passou a contar com a seguinte estrutura: Galeria de Artes Visuais – Localizada no piso térreo, esta galeria tem espaço para a exposição de até uma centena de obras de dimensões variadas. Foi inaugurada em meados de 1997, com a exposição Terra, do fotógrafo Sebastião Salgado. Recebe mensalmente, uma nova exposição organizada pelo Departamento de Artes Plásticas da entidade; Auditório multimídia – Com capacidade para 62 pessoas sentadas, é equipado com recursos audiovisuais que permitem a realização de mostras de cinema e vídeo, shows musicais, debates, palestras e cursos; Sala de Internet – Localizada no piso superior, esta sala é equipada com quatro microcomputadores ligados à Internet e um para pesquisas em CD-room, possuindo, também, um acervo atualizado de livros sobre informática, música, folclore e cinema; Biblioteca circulante – Compreende a biblioteca de piso térreo mais a infantil, que está instalada do piso superior. Somam juntas, mais de 40 mil volumes, disponíveis, diariamente, para retirada pelos sócios; Sala de estudo – Área equipada com ar condicionado, reservada para leitura de livros e jornais; Biblioteca de pesquisa – localizada no piso superior, destina-se à pesquisa de obras das diversas áreas do conhecimento humano. Pinacoteca – Seu acervo é constituído por obras pictóricas catalogadas, como as que se seguem: 1 – Farmácia da Boa Prosa (Diógenes Duarte Paes); 2 – Igreja Matriz Nossa Senhora do Desterro (idem); 3 – Rua do Rosário (idem); 04 – Ouro Preto (idem); 05 – Rua Bernardino de Campos (idem); 6 – Aguardando a Saída da Procissão (idem); 7 – Igreja na Praia (idem); 8 – Vasos e Frutos (idem); 9 – Ponte sobre o Tietê (idem); 10 – Paisagem (idem); 11 – Marinha (idem); 12 – Praia (idem); 13 – Marechal Floriano Peixoto (Almeida Júnior); 14 – Natureza Morta (Takaoka); 15 – São Paulo (Rebolo Gonzales); 16 – Rabisco (Flávio de Carvalho); 17 – Ponte Sobre o Tietê (Mário Zanini); 18 – Paisagem I (Sílvia Neves); 19 – Paisagem II (Sílvia Neves); 20 – Morro da Bocaina (Luiz Gualberto); 21 – Ruy Barbosa (Autor desconhecido); 22 – Barão de Jundiaí (L. Viancin); 23 – Francisco Albuquerque Cavalcanti (Alexandre Dubai); 24 – Francisco Paes Leme de Monlevade (Orestes); 25 – Senador Lacerda Franco (E. Papf); 26 – Barão do Rio Branco (J. Barros); 27 – Siqueira Moraes (J. Gasparino); 28 – Dr. Torres Neves (idem); 29 – Campos Salles (J. Corrêa); 30 – Francisco Glicério (A. Corrêa); 31 – Arredores de São Paulo (Oscar Campiglia); 32 – Efeito de Luz (Imediações do Jaraguá) (idem); 33 – Paisagem (São Paulo) (idem); 34 – Paisagem (Fazenda Traldi, Jundiaí) (idem); 35 – Vista de Jundiaí (idem); 36 – Praça da Bandeira (idem); 37 – Retrato (Pastel) (Colette Pujol); 38 – Paisagem (R. Galvez), 39 – Ancoradouro (Renée Lefèvre); 40 – Cortiços (F. Tanaka); 41 – Banhista (Cezar Lacanna); 42 – Vila Clementino (Alfredo R. Rizotti), 43 – Flores (Sofia Tassinari); 44 – Horta (Eva Lieblich); 45 – Casas (Alice Cavalcanti); 46 – Prenúncio de Tempestade (R. Manzkke); 47 – Mulher Sentada (A. Marx); 48 – Flores (A. Autuori); 49 – Paisagem (Ziroutua); 50 – Flores (Ovídio Romano); 51 – Ouro Preto (E. Pfister); 52 – Caminho (Guersoni); 53 – Recanto da Praia (Della Mônica); 54 – Canindé (Vicente Mecozzi); 55 – Ouro Preto – Chafariz de Marília (A. Simeone); 56 – Paisagem (G. Fornari); 57 – Paisagem (B. J. Tobias); 58 – Arrabalde (idem); 59 – Velhas Casas (B. Cordini); 60 – Tendas de Ciganos (G. Deaca); 61 – Retrato (M. Dulce); 62 – Olaria (Edy G. Carollo); 63 – Paineira Florida (R. Lombardi); 64 – Olaria (R. Lombardi); 65 – Matinal (R. Lombardi); 66 – Quartel dos Revolucionários (Ernesto Quissak); 67 – Noite de Festa (A. Fulop); 68 – Arredores de Piracicaba (Alfredo Rocco); 69 – Guanabara (A . Naddeo); 70 – Queimada (E. Pfister); 71 – Prenúncio (Bertoni Filho); 72 – Paisagem (D. Urban); 73 – Praia de Paranapuã – São Vicente (H. Vale); 74 – Caminho na Floresta (A. Baldocchi); 75 – Ajuda de mão (litogravura de Renouf); 76 – Paisagem – Casa Verde (Humberto Rosa); 77 – Flores (Hebe de Carvalho); 78 – Desenho (lápis de V. A. Carcinelli); 79 – São Vicente (Nicola Petti); 80 – Arredores de São Paulo – Sumaré (Gori); 81 – Vista de São Paulo (Mickyy Carnicelli); 82 – São Vicente (Nelson Nóbrega); 83 – Composição (Paola Rezende); 84 – Jaraguá (A. Ataíde); 85 – Arredores de São Paulo (Acácio Gouveia); 86 – Faculdade de Direito – São Paulo (Alferes); 87 – Ceramistas (Guache) (Trinas Fox); 88 – Ladeira do Sossego (Aquarela de Alberto Lima); 89 – Casa de Fazenda (idem); 90 – Terraço (Giordani); 91 – Flores (Hilda del Nero); 92 – Paisagem (Sylvio Graziani); 93 – Casa de Pescadores (Sylvio Graziani); 94 – Natureza Morta (José Menino); 95 – Paineiras Floridas (Francisco Bardari); 96 – Proclamação da República em São José do Rio Pardo (Francisco Bardari); 97 – Paisagem (Alice Cavalcanti); 98 – Solar Revolucionário (Carlos Gomes Cardim Filho); Casa de Pescadores (Sílvio Graziani); 94 – Natureza Morta (José Menino); 95 – Paineiras Floridas (Francisco Bardari); 96 – Proclamação da República em São José do Rio Pardo (Francisco Bardari); 97 – Paisagem (Alice Cavalcanti); 98 – Solar Revolucionário (Carlos Gomes Cardim Filho).
O Gabinete de Leitura Ruy Barbosa encerrou suas atividades em 20 de dezembro de 2023. O anúncio do seu fechamento foi feito cinco dias antes, por meio da seguinte nota:
“Queridos associados,
Nós da atual diretoria do Gabinete de Leitura Ruy Barbosa temos orgulho por representar este espaço tão querido.
O Gabinete marcou gerações, por 115 anos, contribuindo com a cultura da cidade de Jundiaí e região.
Não podemos deixar de falar das amizades, das lembranças, dos encontros, dos eventos, das horas de estudo, etc… ou mesmo dos momentos de lazer, quando sobrava um tempinho para ler revistas e jornais, na linda sala de leitura…
Lembranças fortes também há dos queridos funcionários que por aqui passaram, se tornaram amigos e sempre abraçaram o Gabinete com amor e dedicação; agradecemos imensamente às funcionárias que ainda resistem e que nos dão forças atualmente.
Entretanto, como é sabido, este é o pior momento desde sua fundação, pois os associados estão em número muito reduzido e a arrecadação não é suficiente para fazer frente às despesas mensais; tentamos tudo o que foi possível para manter nosso “querido” vivo, em seu formato atual, como associação privada, mas infelizmente não foi possível.
Diante disso, optamos pela demissão coletiva da Diretoria Executiva do Gabinete e encaminhamos ao Conselho de Administração que agendará a Assembleia Geral conforme Capítulo XI – artigo 47. Foi iniciada as negociações de encerramento e passar a gestão para a Prefeitura Municipal de Jundiaí. A oficialização vai acontecer em janeiro de 2024.
Por isso, a partir do dia 20 de dezembro de 2023 fecharemos as portas, por questões práticas e burocráticas, enquanto aguardamos a tramitação e finalização de todo o processo.
Por último, não podemos deixar de agradecer a todos os associados, em especial aos que se mantiveram até hoje conosco. Também agradecemos a todos aqueles que desde a fundação do Gabinete, de forma direta ou indireta, contribuíram para a instituição, a manutenção e a longevidade deste espaço e de suas atividades. Nosso muito obrigado! Seremos eternamente gratos!
O Gabinete cumpriu sua missão institucional; agora desejamos e esperamos que a Administração Pública dê continuidade a ela.
Portanto, mesmo em outro formato de gestão, esperamos que em breve possamos continuar a usufruir deste espaço.
Até breve!”