FAEB – Entidade fundada em 1968, sob liderança do jornalista Celso de Paula – na época, terceiranista do curso de Magistério nas Escolas Padre Anchieta –, com o objetivo de estimular as atividades extracurriculares no meio estudantil, com a promoção de festivais e concursos de literatura, música, teatro e artes plásticas, e a realização de campanhas para arrecadar livros e materiais didáticos para os alunos carentes. O FAEB iniciou suas atividades com um concurso de cartazes para divulgar as suas propostas, o qual se estendeu do dia 12 ao dia 25 de novembro de 1968, envolvendo dezenas de alunos das Escolas Padre Anchieta. A premiação dos vencedores foi feita no dia 8 de dezembro, no Gabinete de Leitura Ruy Barbosa, com a entrega de medalhas e exemplares do livro A Planície, autografados pelo poeta Fábio Rodrigues Mendes. Após permanecerem 15 dias em exposição, os cartazes foram espalhados pelas escolas, distribuindo-se, também, entre os estudantes, milhares de panfletos com as propostas do movimento. Com Celso de Paula na presidência e o professor Joaquim Candelário de Freitas como patrono dessa sua causa, o FAEB conseguiu, já no início de 1969, um local para estabelecer a sua sede. Com autorização do presidente da Câmara Municipal, Engº Paulo Ferraz dos Reis, a entidade passou a ocupar o casarão que existia no início da Rua Barão de Jundiaí, junto ao Morro do Escadão, que fora desapropriado para a construção da sede do Legislativo. Após ligeiras arrumações, consistentes na limpeza e pintura das paredes internas do prédio, para cujas despesas foi passado um livro de ouro entre políticos e comerciantes, no dia 30 de março de 1969 o FAEB inaugurou nesse local uma feira de trocas de livros usados e uma mostra de arte, e nessa oportunidade prestou homenagem ao seu patrono, que houvera falecido no mês anterior. Da exposição tomaram parte os artistas do Grupo Avanço (João Borin, Eduardo Carlos Pereira, Juçara Pimenta de Pádua, Beto Cecchi e Úrsula Friedman, mais o pintor Issis Martins Roda e a ceramista Mercedes Borges, que durante várias semanas transmitiu os seus conhecimentos do trabalho com a argila aos visitantes da exposição. As atividades do FAEB prosseguiram até final de 1969, quando o velho casarão foi requisitado pelo Poder Público, para então ser demolido e dar ensejo à construção do atual Palácio da Esplanada.