(Uberaba-MG, 1945 +Jundiaí, 3/1/2000) – Jornalista. Depois de fazer parte da primeira equipe de redação do Jornal da Cidade, em 1970 Ademir Fernandes ingressou no Jornal da Tarde, onde fez carreira, chegando de copidesque a responsável pela edição da página de editoriais e da seção São Paulo Pergunta. Era sua rotina, nessa época, deixar a redação de madrugada, levando dois a três envelopes de cartas enviadas pelos leitores, cuja seleção fazia em sua própria casa, preparando a coluna do dia seguinte. No início dos anos 1990, transferiu-se para a Agência Estado, onde exerceu as funções de redator e editor de reportagens especiais até pouco antes de falecer. Desde os tempos do Jornal da Cidade, como, ainda, quando passou pelos semanários Registro e Jornal de 2ª e pelo Jundiaí Hoje, que ajudou a fundar em Jundiaí, Ademir Fernandes foi considerado por seus colegas não somente um jornalista, mas a própria alma da redação, pois era, a um só tempo e em período integral, pauteiro, repórter, chefe de reportagem, copidesque e editor. Outra característica sua era o constante bom humor, sempre fazendo trocadilhos e não deixando passar em branco qualquer gafe cometida no meio jornalístico. Uma porção delas, aliás, cometidas por jornalistas e radialistas jundiaienses, chegaram a ser reunidas por ele, gerando divertida matéria publicada pela revista IstoÉ.