(Jundiaí, 19/8/1921 +21/5/2001) – Compositor. Autor de várias músicas que exaltam valores jundiaienses, entre elas, o samba-canção intitulado Tesouro Anchietano, feito na década de 40, em homenagem às alunas do Ginásio e Escola de Comércio Padre Anchieta, e o Hino do Paulista F.C., composto por ele em 1950. Este segundo hino foi gravado em 1953 por Mosoer Felício, com acompanhamento do maestro Antonio Pellicciari, e em 1983, regravado, na voz de Dalmo Gatti, com acompanhamento de Éwerton Pernambuco (órgão e contrabaixo) e José Luiz Marques (bateria e percussão). Em 1952, obteve o terceiro lugar no concurso da música símbolo da Festa da Uva, com o baião Festa da Uva. Também fez várias composições em parceria com Álvaro Vanzan, tais como os sambas-canções Ansiedade e Lembrança, ambos de 1953. Destacou-se, ainda, em outras áreas ligadas à cultura, havendo obtido, em 1950, uma viagem-prêmio aos Estados Unidos, como primeiro colocado no 3º Curso Comercial Radiofônico da Universidade do Ar, então mantida pela Escola Senac/São Paulo.
Hino do Paulista F.C.
Tricolor, meu clube amado,
Seu caminho é o da glória,
Segue avante no gramado,
Traz os louros da vitória.
Mas se a luta te enfraquece,
A poder dos desenganos,
A história não te esquece,
Tu és Paulista dos veteranos!
Rá-rá-(bis)
Paulista, Paulista, Paulista!
É o jundiaiense que quer ver-te campeão!
Paulista, Paulista, Paulista!
Tu és o clube mais querido do torrão!
Paulista, Paulista, Paulista!
Sua bandeira gloriosa quer te cuttir
Guarda silente a alegria da conquista,
Tu és Paulista de Jundiaí!
Rá-rá-rá (bis)
Tesouro Anchietano
Saia verde, blusa branca
tem amor à sua escola;
Simples, generosa e franca
Não desdenha quem a olha – Tem olhar que ilumina
Tem cabelo reluzente
Seja moça, seja menina.
É de fato atraente
– Quando anda pela praça,
Todo o povo acha graça
No jeitinho que ela tem!
– Quer no baile ou no cinema,
Ela é um diadema…
Anchietana e mais ninguém! – Quem a vê, logo delira,
Tudo dança, tudo gira
Ante os lábios de rubi! – Tem um coração de ouro,
E é mesmo um tesouro:
– Anchietana de Jundiaí!
Ansiedade
Samba-canção, 9/2/1953
(parceria com Álvaro Vanzan)
Eu não sei por que você não vem,
Esperar me faz sofrer, meu bem!
Não me deixe tão só neste mundo
à mercê da ansiedade…
O tormento invadiu o meu ser…
Vivo só de saudade!
Se sofrer é pagar o tributo
do próprio pecado,
então eu pago, com o meu sofrimento,
o pecado do amor!
E agora eu suporto impaciente,
o desejo sem fim,
de apertá-la, afinal,
bem juntinho de mim!