(Jundiaí, 17/1/1933 +1º/4/2008) – Comediante, mímico. Nome Artístico: Carlitos Jundiaiense. Com um ano de idade Milton foi morar com a família em São Paulo, no bairro do Cambuci, e lá, aos 15 anos, estreou em desfiles carnavalescos, incorporando o personagem de Charles Chaplin, pelo qual, desde a infância, nutria grande admiração. Aos 19, já era bastante conhecido por suas imitações e se apresentava em programas da PRF 3, uma das primeiras emissoras de tevê de São Paulo. Daí passou a participar, também, do Clube do Papai Noel, apresentado por Homero Silva na antiga TV Tupi, no Super Circo 13, que era levado ao ar pelo Canal 13, tendo como astro principal o palhaço Piolin, e mais tarde, no Programa Sílvio Santos, na TV Globo. Teve participação, ainda, na peça teatral O Ébrio, estrelada por Vicente Celestino e apresentada no Cine Theatro Polytheama em 1952, e nos filmes Estradas da Vida, da Cia. Cinematográfica Terra Brasil, e Crepúsculo de Ódios, da Jundiá Filmes, também realizado nos anos 50. Depois de completar 20 anos, Carlitos retornou definitivamente a Jundiaí, onde se empregou na indústria Vigorelli, mas sem deixar de lado a imitação de Carlitos. Seus novos palcos, a partir dessa época, passaram a ser o Cine Theatro Polytheama, o Teatro Guarany de Comédias (então mantido pelas Indústrias Andrade Latorre) e o Cine Ideal, que funcionava nas dependências do Grêmio dos Empregados da Cia. Paulista, e os programas de auditório das rádios Difusora e Santos Dumont. Em 1966, a convite de Antenor Murback, que então comandava a Banda Aurifulgente, Carlitos assumiu a regência do grupo, cujos músicos, no total de 40, realizavam seus ensaios na Padaria Palma. Com a morte de Antenor, a Banda Aurifulgente teve o seu contingente reduzido para 14 músicos e o nome alterado para Banda Musical e Humorística de Jundiaí, ficando sob o seu comando e de Mário Pinto Rodrigues (falecido em 2003). Em 1993, a bandinha participou da abertura da telenovela Éramos Seis, levada ao ar pelo SBT. Também fez comerciais para o Uemura Center, ao lado de Toni Ramos e Suzana Vieira. Em 1999, Milton Domingos foi homenageado no Gabinete de Leitura Ruy Barbosa, com uma mostra fotográfica organizada pelas jornalistas Daniela Ruiz e Tatiana Fávaro, sob o título Nosso Carlitos – Homem do Povo, e em 2001 foi motivo de outra exposição, esta sob o título Milton Domingos – O Carlitos Jundiaiense, realizada no Museu Histórico e Cultural de Jundiaí. Quando faleceu, Milton somava 60 anos como intérprete do personagem de Charles Chaplin e 40 como regente da Bandinha do Carlitos.