(Jundiaí, 12/10/1960) – Artista circense. Filho de Waldomiro de Castro e Cecília Calheiros de Castro. Apelido: Tuco. Sua paixão pelo circo vem dos tempos de garoto, quando, mesmo sem ter dinheiro, ia assistir aos espetáculos, oferecendo-se às companhias para varrer o chão em troca do ingresso. Das funções, no circo, a que mais ele admirava era a do palhaço com as suas improvisações no picadeiro. “Quanto menor o circo, mais ele cresce para o público”, costuma dizer. Identificando-se com esse personagem, Tuco foi aprendendo os macetes da função e, logo, se pôs também a vender pipocas nos circos, apresentando-se como palhaço para anunciar o seu produto. Com as suas imitações do palhaço Batata Frita, do Circo Picolé, seu sucesso foi tamanho, que, em pouco tempo, juntou dinheiro suficiente para a compra de um carrinho, com o qual continuou a atender o público, sempre fantasiado. As vendas, então, cresceram ainda mais, a ponto de lhe permitir a compra de outros três carrinhos, formando uma verdadeira frota. A facilidade de comunicação com o público, aprendida no circo, possibilitou a Tuco passar de pipoqueiro a jornaleiro, possuidor de três bancas próprias, e, mais tarde, a abrir um salão de cabeleireiro – profissão a que passou a se dedicar a partir dos conhecimentos de maquilagem, também adquiridos no ambiente circense. Depois que deixou as bancas de jornais – ao que foi obrigado, devido aos incêndios provocados pela repressão, no auge da ditadura militar –, Tuco foi ser vendedor da Singer em São João da Boa Vista, onde, em 20/4/1980 sofreu um acidente, quebrando uma das pernas. Foi então que resolveu mudar de profissão, dedicando-se à maquilagem e ao corte de cabelos. A arte circense, porém, jamais foi deixada por ele, como acabou envolvendo também a sua esposa, Regina Castelani de Castro, e o seu filho Willian Francisco de Castro, que, aos cinco anos de idade, já fazia o palhacinho Pipoca, integrando a troupe do seu Gran Show Universal, na qual os artistas apareciam fantasiados de Mickey, Pateta, Donald, Piu-Piu, Garfield e outros personagens dos quadrinhos. O grupo se apresentava tanto em festas de aniversário como em escolas e em eventos oficiais, levando espetáculos como: Pra que não rir (inspirado nos Doutores da Alegria), Viver sempre rindo, Travessuras do Pipoca e Um Palhaço na Escola. Nos desfiles de carnaval, ele entrava nos intervalos das escolas, ajudando a entreter o público. Até mesmo o acidente que sofreu quando vendia máquinas de costura deu a Tuco motivação para escrever um esquete, que intitulou O Palhaço da Perna de Pau e que fez parte de algumas de suas encenações nos circos Picolé, Terra e Universal, em Salto e Itu e em festas no Parque da Festa da Uva.