(Guariba-SP, 13/10/1961) – Desenhista, pintor e escultor autodidata. Filho de José Carvalho e Olívia Thomas Carvalho. Ainda menino, Paulo Carvalho começou a revelar o seu espírito irrequieto e criativo: tudo que encontrava pela casa – desde um ferro de passar roupas  em desuso a cadernos de receitas de sua mãe – ele desmontava e transformava em coisas diferentes. Fora de casa, sempre foi o seu prazer brincar junto do mato e de rios, de pássaros e animais silvestres, enfim, em contato direto com a natureza. Foi assim que o desenho, a pintura e a escultura foram entrando em sua vida, marcados pela incessante proposta de reverter coisas descartadas pelo homem e fazê-las “dizer” algo diferente, através de novas formas e imagens. Seu primeiro contato com livros de arte só aconteceu aos 15 anos, quando foi aluno do Senai. Neles, absorveu conhecimentos que o ajudaram a aperfeiçoar as suas técnicas, sem, contudo, alterar o seu estilo característico. Ainda nos anos 70, quando surgiu na cidade a primeira feira de arte realizada em praça pública, Paulo chegou a participar delas, porém, logo acabou desistindo, devido à concorrência do industrianato, que, já então, começava a desfigurar esse evento. Mais recentemente, encorajado por Tama Sigulda, ele chegou a mostrar seus entalhes e xilogravuras no Centro Cultural Tao Sigulda (Campo Limpo Paulista), mas se mantém arredio em participar de exposições em Jundiaí, onde, acredita, predomina ainda uma cultura de elite em relação à arte. Prefere executar seus trabalhos sob encomenda, sejam eles um quadro a óleo, uma escultura ou qualquer outro objeto de decoração, ou mesmo a pintura de uma fachada comercial, como as muitas que já fez na cidade. Uma de suas telas – uma Santa Ceia de 400 X 100 cm – encontra-se na Capela Jesus Divino Mestre, do Jardim Pacaembu.