(Jundiaí, 15/11/1925 +19/10/1989) – Jornalista, radialista e poeta. Prestou serviços profissionais à imprensa de Jundiaí durante várias décadas, trabalhando em praticamente todos os jornais existentes na cidade no seu tempo. Foi comentarista político do jornal A Folha e da Rádio Difusora Jundiaiense, nesta participando dos programas Linha de Frente e Rádio Jornal Noturno, apresentados por Rubens de Oliveira e, depois, por Daniel Paulo Nasser, ainda na década de 40. Também teve participações em programas religiosos dirigidos por Hermenegildo Martinelli. No início da década de 50, dirigiu a Revista de Jundiaí, onde, além de matérias de entretenimento e entrevistas, publicava a coluna Pensamento Político, abordando temas relacionados com a política municipal. Ao lado de uma vasta cultura geral, que lhe dava autoridade para discorrer sobre todo e qualquer tema nos jornais, Monte Carmelo acumulou notáveis conhecimentos nas áreas jurídica e administrativa, ao tempo em que secretariou o Dr. José Romeiro Pereira, o que o possibilitou exercer importantes funções no âmbito do Poder Público, como as de assessor de imprensa da Prefeitura de Jundiaí e de diretor administrativo da Câmara Municipal de Várzea Paulista. Em paralelo à carreira profissional, Monte Carmelo foi emérito colaborador da Justiça Eleitoral, participando, por quase 40 anos, das juntas apuradoras de votos. Em 1968, ainda em atividade na imprensa, colaborou com o Serviço de Obras Sociais, editando o Boletim Informativo da entidade. Foi, ainda, poeta e compositor, sempre exaltando, em seus versos, os valores da cidade, tendo deixado, entre outras obras deste teor, o seguinte poema, extraído de seu trabalho Jundiaí, um Sonho de Amor, premiado no Concurso Romeiro Pereira, em 1962:
Jundiaí
Jundiaí é uma bênção ao mundo,
Por Deus feita “fermosa”, feliz,
Onde indústrias sem parte têm fundo
No melhor parreiral do país.
Do Desterro a Virgem querida
Dá-lhe forças de ter no brasão:
“Também se deve à minha lida
A Grandeza maior da Nação”.
Ideal e trabalho – é o norte
Desta forja de heróis e artistas,
E o livro é a mola forte
Para novas brilhantes conquistas.
Pelo povo da cidade-ninho
Do seguro social do Brasil
É tratada com grande carinho
Sua história exemplar, varonil.
Petronilha Antunes, se um dia
Ao torrão que fundou retornasse,
Estupor e orgulho teria
A marcar-lhe radiosa a face.