(Petrópolis-RJ, 2/8/1912) – Baterista e cantor. Nome Artístico: Julinho Carioca. Já aos 12 anos Julinho Carioca revelava seu interesse pela música, acompanhando os ensaios e apresentações de músicos da noite, no Rio de Janeiro. Aprendeu vários instrumentos por percepção, entre eles a bateria, que chegou a tocar profissionalmente em gafieiras da praça Tiradentes, no Rio de Janeiro. Com sua vinda para Jundiaí, no início da década de 30, quando se tornou empregado da Cia. Paulista de Estradas de Ferro, passou a integrar a Orquestra da Sociedade Jundiaiense de Cultura Artística, na qual, além de bateria, tocava tímpano, igualmente aprendido por percepção. Tocou e cantou inúmeras vezes no Cine Theatro Polytheama, compondo a orquestra da S.J.C.A., regida, nessa época, pelo maestro José Maria Passos e, depois, por Luiz Biela de Souza. Também integrou o Eden Jazz, sob regência do maestro Manoel Dias; da Universal, de Paulo Mário de Souza; do Jazz Band Ideal e a Orquestra City Swing, de Luiz Marques. Contudo, teve maior afeição pela Orquestra Carajás, que ajudou a fundar no início dos anos 1940, tendo a seu lado Pedro Pazzinatto (pistonista), Vicentini (violinista), Manoel Dias (contrabaixista) e Henrique Gomes (saxofonista), todos regidos pelo maestro e pianista Deodato Pestana.