(São Paulo, 1851 +1928) – Arquiteto responsável pela grande reforma executada na antiga Matriz de Nossa Senhora do Desterro no final do século XIX. Oriundo de tradicional família campineira, Ramos de Azevedo fez seus estudos de Engenharia e Arquitetura na cidade belga de Gand, onde permaneceu de 1875 a 1879. Iniciando suas atividades profissionais em Campinas, não demorou para que começasse a receber solicitações tanto do poder público como da elite paulistana, dado o estilo do seu trabalho, plenamente identificado com o ecletismo arquitetônico europeu. Assim, em 1886, transferiu-se para a capital, onde tornou-se o mais importante e prestigiado construtor da nova imagem institucional de São Paulo, do final do século XIX às duas primeiras décadas do século XX. Nesse período respondeu por obras como a da Escola Normal (Instituto de Educação Caetano de Campos (depois tornado sede da Secretaria Estadual de Educação), do Teatro Municipal, da Santa Casa de Misericórdia, do Palácio das Indústrias (atual sede do Gabinete do Prefeito), da agência Central dos Correios e Telégrafos e do Liceu de Artes e Ofícios (atual Pinacoteca do Estado). Em Jundiaí, além da grande reforma da Matriz (atual Catedral de Nossa Senhora do Desterro), Ramos de Azevedo foi o arquiteto responsável pelos projetos de construção dos prédios do Fórum e Cadeia Pública (1885) e do Grupo Escolar Siqueira Moraes (1895) e pela análise de vazão de água para o abastecimento da população de Jundiaí. No período em que foram executadas as obras de reforma da Matriz (1886 a 1890), Ramos de Azevedo manteve o seu escritório na edícula existente nos jardins do Solar do Barão de Jundiaí (sede do Museu Histórico e Cultural de Jundiaí).