(Jundiaí, 4/5/1944) – Acordeonista. Jorginho Vicente (como foi sempre chamado) aprendeu acordeão com Jesuíno Menegatti, que era vizinho de sua família, e aos 10 anos já se apresentava em programas de auditório da Rádio Santos Dumont, tocando por percepção. Em estudos com o professor Manoel Dias, passou a conhecer teoria musical e no Conservatório Musical de São Paulo aperfeiçoou-se na técnica deste instrumento. Começou a tocar publicamente acompanhando a irmã, Juçara Vicente, que se apresentava como cantora em programas de rádio comandados por Gilson Lino, José Nacarato e Daniel Paulo Nasser, na Santos Dumont. Nessa mesma rádio, animou programas sertanejos apresentados por Ventania e Nhô Cravinho (Mário Levada, 7/1/1920 +18/1/1990), bastante ouvidos na época. Nos shows da Linha BN, promovidos pela Rádio Difusora, teve oportunidade de acompanhar vários ídolos emergentes da Música Popular Brasileira, como Roberto Carlos, Wanderléia, Teddy Milton, Antonio Marcos, Agnaldo Rayol e outros. Também se apresentou, durante um bom tempo, na Rádio Tupi de São Paulo, animando o programa Festa na Roça, que era comandado por Saracura e tinha como principal atração a humorista Nhá Barbina. Nessa época, Jorginho acompanhou Nhá Barbina em uma longa série de shows pelo Brasil e Argentina. Ainda, na capital, atuou nas rádios Piratininga (com Chico Carretel), América e Bandeirantes e teve seguidas participações nos programas Atrações Pirani e Clube do Papai Noel, na antiga PRF 3 (TV Tupi), fazendo solos e acompanhamentos e também integrando a Grande Orquestra Tupi. Jorginho gravou vários discos pela Continental e ministrou cursos de acordeão, tanto em Jundiaí como em São Paulo. Embora tenha deixado de tocar profissionalmente, mantém o acordeão como seu instrumento predileto, executando nele um vasto repertório, quando se reúne com os amigos e em festas de família. Jornalismo – Jorginho Vicente trabalhou na imprensa local durante mais de 30 anos, atuando como revisor na antiga A Folha e depois no Jornal de Jundiaí. Durante algum tempo, acumulou essa função no Diário de Jundiaí, quando este órgão passou a pertencer à mesma organização do JJ. Também no Diário, chegou a exercitar o jornalismo esportivo. Também prestou serviços à Editora Abril, ao Estado de São Paulo e ao Jornal da Tarde como freelancer. Foi, ainda, o segundo representante do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo em Jundiaí, escolhido por seus colegas ao fim do mandato de Afrânio Bardari, em 1974, após ter composto a primeira diretoria da Associação Jundiaiense de Imprensa e Rádio (AJIR), esta, criada em 1968. No esporte, foi presidente do E.C. Cruzeiro, da Vila Rio Branco, por quase doze anos.