(Ribeirão Bonito, 26/2/1948 +Jundiaí, 1996) – Livreiro. Irmão do escritor João Silvério Trevisan, Cláudio fixou-se em Jundiaí, em meados dos anos 1970, depois de ter sido subeditor da Editora Brasiliense, em São Paulo. Em outubro de 1977, juntamente com sua esposa, Alzira Simões Trevisan, fundou a Livraria Dom Quixote, que, nessa época, com o fechamento da antiga Livraria Anhanguera, chegou a ser a única loja especializada em livros na cidade. Graças ao seu conhecimento e dinamismo à frente dos negócios, em pouco tempo, a Dom Quixote transformou-se num ponto de encontro da intelectualidade jundiaiense, servindo, ainda, como espaço alternativo para a realização de exposições de arte, performances teatrais e literárias e recitais de música. Desenvolveu, também, diversos projetos de estímulo à leitura, como a criação da Feira do Livro de Jundiaí, trazendo à cidade escritores e artistas de renome, como Henfil, Bruna Lombardi, Ziraldo, Ignácio de Loyola Brandão, Caio Fernando Abreu, João Silvério Trevisan e Darci Penteado e outros. Até o seu prematuro desaparecimento, Cláudio Trevisan foi um dos esteios da cultura jundiaiense, não deixando jamais de apoiar os artistas e escritores, mesmo nos momentos em que o comércio de livros passou por sérias dificuldades, devido ao fracasso de planos econômicos intentados pelo governo.