Jundiaí, 4/5/1942 +5/10/2023 – Professora, desenhista e pintora. Licenciada em Desenho e Plástica pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo (1974), e em Educação Artística pela Escola Superior de Artes Santa Marcelina (1978), Odilma fez estágio no Ateliê de Sensibilidade Artística de São Paulo, iniciando, ali, sua carreira de exposições. Em 1984 realizou exposição individual no Museu Histórico e Cultural de Jundiaí e um ano depois, participou de coletivas na Galeria Literarte, na III Exprojun – Exposição de Produtos Jundiaienses e no I Salão da Criança, realizadas no Parque Municipal Comendador Antonio Carbonari. Participou, também, de exposições realizadas no Conservatório Modelo e no Paço Municipal de Campo Limpo Paulista, através da Cooperativa Literarte de Artes Plásticas. Sobre seu trabalho, escreveu o jornalista Gutemberg de Souza: “Só tem capacidade e moral para criar um ritmo livre quem for capaz de escrever um soneto clássico. Por apenas isso, Mário Quintana talvez tenha tocado os sentimentos alheios de maneira mais incisiva que em muitos e muitos poemas, se bem que, neste caso, as emotivas reações hajam sido de admiração. Rigidez em excesso? Pode ser. Mas também pode ser que esteja aí a necessária tirania clássica, para contrapor-se à não menos tirana liberalização da forma, esta em cujo nome tanta conspiração é praticada contra a arte. Odilma Tonolli deve ter ouvido o poeta recomendando aos jovens que desconfiem dos truques da moda, os quais, quando muito, podem enganar o público e trazer ao artista uma efêmera popularidade. O resultado desta desconfiança é um caminho talvez mais longo e com certeza mais espinhoso, porém infinitamente sólido. Nesta trajetória do aluno de boa escola, que só passa de ano depois de aprender a lição, Odilma tem sido, em si mesma, uma lição a aprender. Com seu próprio exemplo, ela nos ensina a nos acautelarmos diante das embalagens modernas, que, não rara, encerram mediocridade secular; ou das falsas liberdades, que acobertam a ditadura do medíocre. Vai mais longe: ensina-nos que a liberdade não é um fácil conceito abstrato, mas um exercício concreto que penosamente se conquista”.