Jundiaí, 11/8/1918 – 6/2/2006 – Poetisa e prosadora. Pseudônimo literário: JoRoSil. Filha de Amábile Maria Rodrigues e Luiz Rodrigues da Silva. JoRoSil dedica-se à literatura e às artes plásticas desde a meninice. Na juventude, começou a colaborar na imprensa, publicando poesias e artigos sobre os mais variados temas. Também teve atuação na Rádio Difusora Jundiaiense, apresentando o programa “Histórias que a Vida Conta”, no qual focalizava a vida e a obra dos grandes vultos da Humanidade. Com seus contos, romances, ensaios e poesias, recebeu menções honrosas em diversos concursos, como: Prêmio Brasil-Itália (Editora Martins, 1959); Revelação de Leitora (Diário de São Paulo, 1960); Concurso de Monografias A Mulher Brasileira nos Tempos Atuais (União Brasileira de Escritores (1962). Com suas pinturas, tomou parte em exposições no Clube Beneficente e Recreativo 28 de Setembro, no Museu Histórico e Cultural de Jundiaí, no Parque Municipal Comendador Antonio Carbonari (Festa da Uva) e na cidade de Campo Limpo Paulista. Publicou os livros: “Um Pouquinho de Poesia da Vida e de Mim” (1970); “Fotografando em Palavras” (1971), “Em Compasso de Solidão” (1980) e “Recado para Maria” (1981). Tomou parte nas antologias: “Coletânea Jundiaiense de Poesia” (1964); “Poetas da Cidade” (1970); “Antologia Poética de Jundiaí” (1979); “Momentos de Inspiração” (1980); “Caminhando Juntos” (1981); “Anuário dos Poetas e Escritores do Brasil” (1981, 1982 e 1983); “Jundiaí Poética” (Ed. Jundiá,1984; Ed. Macro, 1989); “Antologia da Universidade São Francisco” (1992 e 1994); todas as coletâneas da Academia Feminina de Letras e Artes de Jundiaí e todos os volumes de “Letras Acadêmicas”, publicados pela Academia Jundiaiense de Letras, grande parte delas sob sua coordenação. Possui, ainda, vários outros livros, entre romances, poesias, contos e crônicas, à espera de publicação. Seu livro “Em Compasso de Solidão” (edição esgotada) mereceu elogios de outros autores, locais e de fora, como seguem (algumas delas): “Poetisa das maiores que existem em Jundiaí, com uma sensibilidade incrível e com imagens poéticas encantadoras, JoRoSil mostrou, no livro ‘Em Compasso de Solidão’, o seu talento, sua alma em constantes dias de festas, a força de sua lira, a doçura de seu encanto e esse sentido da vida maravilhoso que só os poetas têm. ‘Em Compasso de Solidão’ é mais uma flor deixada à beira do caminho, cujo perfume vai adoçar a vida dos caminhantes cansados e abatidos pela ingratidão humana.” (José Leme do Prado Filho, Jundiaí). “O tempo se assenhora de nossas emoções, acumula sensibilidade e circunda os caminheiros de realizações. Como companheira de ideal, sinto sensivelmente suas poesias. ‘Em Compasso de Solidão’, posso senti-las repletas de luminosidade e ardor, ainda mesmo aquelas inspiradas sob o reflexo da solidão. Criar é importante, mas doar é mais edificante. Você semeou, agora está doando algo que frutificou através de sua fertilidade literária, que marcará sua presença dentro do tempo sem data.” (Luíza da Silva Rocha Rafael, Jundiaí). “Josefina Rodrigues da Silva, que se distingue pela forma livre que imprime aos seus poemas, fugindo ao tradicionalismo acadêmico (apesar de pertencer a mais de uma academia literária), abre seu livro com uma mensagem condenando a poluição em defesa da Ecologia vegetal ameaçada. Ao mesmo tempo em que se engaja no problema atual, a poetisa permanece fiel ao seu lirismo. Agonia, solidão, vazios d’alma, em que a autora, conforme o próprio título do livro sugere, incorpora à sua expressão estética os sentimentos de isolamento característicos do mundo atual e da hora que passa. A linguagem é simples, despojada e direta, sem imagens mais audaciosas ou raridade vocabular, na confissão espontânea e sem mistérios, na frase linear.” (Antonio Adelino Marques da Silva Brandão, Jundiaí). “Em Compasso de Solidão se nos depara uma poetisa de grande sensibilidade e inspiração, e que, ademais, sabe transmitir com rara beleza a sua mensagem de Poesia, de Fraternidade, de Amor à Natureza.” (Aparício Fernandes, Rio de Janeiro). “Gosto do perfume de suas poesias: impregna a alma, fazendo adormecer, sonhando, despertando para o verdor da vida. Sua composição livre, seus versos brancos, vestem a roupagem da pureza, numa beleza sem par.” (Josefina da Silva Carvalho, Campinas-SP). Além de membro atuante da Academia Feminina de Letras e Artes de Jundiaí e da Academia Jundiaiense de Letras, entidades que ajudou a fundar e cujas diretorias integrou durante anos seguidos, Josefina Rodrigues da Silva faz parte de outras agremiações literárias sediadas no Brasil, em Portugal e na Inglaterra. Seu nome consta em verbetes da “Enciclopédia de Literatura Brasileira” (Rio de Janeiro, 1993) e do “Dicionário Jundiaiense de Literatura”, de Celso de Paula (Editora Literarte, Jundiaí, 1999).