SACON, FELIPE

Jundiaí, 6/3/1978 – Bailarino. Felipe Sacon iniciou os estudos de ballet em 1993, aos 15 anos, com Eliana Brega, na Escola de Ballet La Ballerina, na qual permaneceu até 1996, participando de todas as apresentações do corpo de baile. Com apenas um ano de estudos, tornou-se revelação juvenil, ao ganhar o prêmio especial de Melhor Bailarino por seu desempenho na coreografia “Magnificat”, outorgado pelos sete jurados do 3º Encontro de Dança de Piracicaba/94. Seu primeiro prêmio como solista veio com a coreografia “Solidão”, apresentada no 2º Passo de Arte, de Santo André, em 1994. No evento, que reuniu 1.800 bailarinos de todo o Brasil, Felipe foi classificado em 1º lugar por um corpo de jurados composto por seis profissionais da área de dança de São Paulo, que avaliaram a coreografia, a técnica, harmonia, efeitos visuais, figurino, estilo e criatividade. Ainda em 1994, Felipe começou a projetar-se internacionalmente, ao conquistar, com a mesma coreografia, o 1º lugar, na categoria Juvenil, no 2º Festival de Danças do MERCOSUL, evento de que tomaram parte 4044 bailarinos latino-americanos. Por três anos consecutivos (1994, 1995 e 1996), foi eleito o Melhor Bailarino Juvenil no Festival Nacional de Dança do Rio de Janeiro, e consagrou-se como Melhor Bailarino brasileiro em sua categoria no 4º Festival de Danças do MERCOSUL (1996), ao conquistar a primeira premiação e ser convidado pelos organizadores do evento para se apresentar na noite de encerramento, ao lado de nomes de maior expressão da dança sul-americana. Felipe sempre foi unanimidade nos eventos em que participou, fossem concursos ou apenas mostras de dança, de pequeno, médio ou grande porte. Destacou-se, sempre, em solos ou em trabalhos coletivos, contribuindo, com seu talento, em diversas premiações obtidas pelo Corpo de Baile La Ballerina, entre 1994 e 1996. Com 36 prêmios ganhos em festivais nacionais e internacionais, Sacon foi levado a prosseguir sua carreira nos Estados Unidos, dadas as limitações que se apresentam no Brasil – e, particularmente, nas cidades do interior – para o artista que busca se aperfeiçoar e progredir. Entretanto, mesmo dançando fora, não deixou de colaborar com a sua arte no País. Em viagem de férias pelo Brasil, em janeiro de 1998, Felipe Sacon criou o espetáculo “Quintessência”, apresentado pelo Corpo de Baile Cidade de Salto. “A Entrega”, trecho deste espetáculo, ganhou, em 1998, o primeiro lugar no 1º Dança Bahia, no 1º Dança São Paulo e no 3º Interdanza de Assunção/Paraguai. Em 1997, Sacon assinou os solos “Aprés un Rève” e “Solitude”, criados para si mesmo, que foram apresentados no Brasil pelo Corpo de Baile Cidade de Salto. “Aprés

un Rève” ganhou 2º lugar no 1º Dança Bahia e 1º lugar no 3º Interdanza e 2º lugar no 7º Festival de Danças do MERCOSUL; “Solitude” ganhou o 1º lugar no 2º Dança Bahia e 2º lugar no 7º Festival de Danças do Mercosul. Todos os seus trabalhos dessa época, no Brasil, tiveram a direção de Eliana Brega. Nos Estados Unidos, Sacon aperfeiçoou seus estudos nas técnicas de dança contemporânea e moderna na ODC School em São Francisco, onde atuou na companhia principal como bailarino contratado. Ainda em São Francisco, integrou o elenco do Brady Street Dance Company e do Dance Repertory, sendo que suas apresentações junto a este grupo lhe valeram uma bolsa de estudos na Universidade Illinois Champagne Urbana. Também foi indicado pela crítica americana como um dos cinco bailarinos concorrentes ao Prêmio Isadora Duncan de Melhor Bailarino de São Francisco. CRÍTICA – Sobre as qualidades desse bailarino, escreveu a mestra Eliana Brega: “Falar de Felipe Sacon é como falar de mim, pois sempre vi nele o que passava pela minha cabeça e pelo meu corpo, Felipe era a concretização das minhas ideias. De uma forma tão bela, era difícil não olhar para trás sem me emocionar, pois via em Felipe que o que eu criava era bonito, dançante, emocionante e apaixonado. Ele inspira a criação. Ele irradia luz. Sempre digo que em 40 anos de palco nunca vi nada igual. Tão pronto! Desde os primeiros momentos, em 1993, em sala de aula Felipe já era especial. Há alguma coisa nele que ultrapassa a compreensão. Posso até dizer que seu talento é uma coisa rara, pelo menos em termos de Brasil. Não me lembro de ter visto alguém por aqui que unisse tão bem emoção e gestos na dança. Felipe seduz. Felipe traduz a linguagem abstrata dos sentimentos em visão, em realidade, em verdade. Ele é generoso e dança a verdade, dele e do coreógrafo. Em todo processo de criação chega uma hora em que o coreógrafo precisa receber estímulo dos elementos para continuar criando. Felipe possibilita essa troca de energia. Para ele dançar é tão simples, tão fácil, parece que ele sempre soube, só faltava começar e ensinar o corpo a transmitir os mais profundos sentimentos da nossa alma. Apesar de sua pouca idade, 20 anos, Felipe Sacon surpreende pela maturidade com que desempenha seus trabalhos, tanto como bailarino quanto como coreógrafo. Suas melhores qualidades: lealdade, simplicidade e humildade. Sua rápida passagem pelos palcos brasileiros foi marcada por inúmeros prêmios. Por todos os lugares onde se apresentou no Brasil, não foram poucos os elogios. Mas dançar no Brasil significa não ter estabilidade, pois a dança aqui não recebe o devido reconhecimento e investimentos. Por este motivo incentivei-o a seguir em busca de uma carreira estável fora do Brasil, para que ele pudesse viver daquilo que ele é: um artista. E repetiu-se o “fenômeno”. Em apenas 11 meses nos palcos de São Francisco, Felipe Sacon tornou-se conhecido pela crítica americana.”

Felipe Sacon, em uma de suas apresentações nos Estados Unidos
Felipe Sacon, em uma de suas apresentações nos Estados Unidos.
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EFEMÉRIDES
Em 26 de julho de ...
1892 Nascia em Jundiaí o professor João Duarte Paes.
1904 Nascia em Jundiaí a pianista Maria Paes Costa.
1906 Nascia em Jundiaí o ator João Saltori.
1926 Falecia em Jundiaí, aos 70 anos, Boaventura Mendes Pereira, chefe político na cidade.
1927 Nascia em Jundiaí o músico e compositor Eraldo Pinheiro dos Santos.
1962 Falecia em Jundiaí, aos 67 anos, o jornalista e dramaturgo José Aparecido Barbosa (Juquita Barbosa).
1969 Falecia em Jundiaí, aos 56 anos, o músico Antonio Carelli (Nhô Zinho).
1970 Nascia em Jundiaí a musicista Luciana Feres Naguno.
1982 Falecia em Campinas-SP o ferroviário e voluntário de causas sociais Vicente Breternitz.

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