(Vinhedo-SP, 10/12/1903 +Jundiaí, 19/9/1984) – Clérigo. Foi também, orador, poeta, músico e artista plástico. Filho dos imigrantes italianos Filomena Saracini e Serafim Ricci, fez seus estudos elementares em Vinhedo. Aos 10 anos, foi encaminhado ao Seminário Menor Metropolitano de Pirapora, de onde seguiu para o Seminário Provincial de São Paulo, permanecendo de 1921 a 1923. Depois de cursar Teologia e Direito Canônico no Colégio Pio Latino-Americano, de Roma, foi ordenado sacerdote, em 30 de outubro de 1926, em cerimônia presidida pelo Cardeal Pompilli, em São João de Latrão, a chamada Catedral de Roma. Doutorou-se na Universidade Gregoriana de Roma, com a defesa da tese A Concepção da Cosmologia no Gênesis Escrito por Moisés. No dia 1º de novembro de 1926, rezou sua primeira missa na capela de Santa Terezinha, das Irmãs Carmelitas. Em setembro de 1927, fez sua primeira celebração em solo pátrio, na própria Rocinha (atual Vinhedo), onde nasceu. Ainda nesse ano, foi designado coadjutor de Monsenhor Marcondes Pedrosa, na Paróquia de Santa Cecília, bairro de Higienópolis, de onde, no início de 1930, transferiu-se para Jundiaí, para substituir o padre João Batista Monti, que se afastara por motivo de doença. Em maio de 1930, assumiu como pró-pároco da Paróquia de Nossa Senhora do Desterro e, em dezembro de 1932, assumiu definitivamente o cargo de vigário da Matriz. Monsenhor Arthur Ricci notabilizou-se, por sua oratória, em sermões e conferências, tais como a realizada em 24 de março de 1935, no Carmelo São José, sob o título Cristo e Seus Triunfos, e o Sermão da Agonia, proferido por ele na Sexta-feira Santa de 1940. Destacou-se, também, por sua atuação na imprensa, inclusive chegando a dirigir o jornal O Idealista, em1936, e foi, ainda, um amante da poesia, da música e da pintura, produzindo várias obras nessas áreas.