RAMOS, IDA LEHNER DE ALMEIDA

(Jundiaí, 23/4/1924 +7/9/2008) – Poeta, cronista e contista. Filha de Anette e Alberto Lehner. Fez seus primeiros estudos no Grupo Escolar Siqueira Moraes e na Escola Normal Livre de Jundiaí, ingressando, em seguida, no Liceu Borges de Artes e Ofícios de Itu (SP). Ainda nessa fase, também estudou na antiga Escola Profissional de Jundiaí. Seguindo para Campinas, fez o Curso Ginasial na Escola Normal Carlos Gomes e o Clássico no Colégio Estadual Culto à Ciência, diplomando-se, por fim, em Biblioteconomia, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, com o 1º lugar em sua turma. Buscando colocar-se no mercado de trabalho, Ida Lehner prestou concurso para o provimento de vaga na Biblioteca Municipal de Campinas, obtendo o primeiro lugar, porém, deixou de assumir o cargo pelo fato de morar em Jundiaí. Seu pendor para a literatura, revelado aos 13 anos, quando cursava o ginasial, não passou despercebido aos professores Luís Arruda e Francisco Ribeiro Sampaio, que foram seus mestres de Português e Iniciação Literária, no Colégio Culto à Ciência. Eles a incentivaram a participar de um concurso promovido pelo estabelecimento, no qual obteve o 1º lugar com a poesia O Carteiro. Ainda na juventude, Ida tornou-se colaboradora do jornal A Comarca, nele publicando suas primeiras crônicas, a convite do jornalista João Baptista Figueiredo. Mais tarde, sob o pseudônimo de Dinamene, escreveu numerosos poemas para O Jundiaiense e para A Folha, de Jundiaí, nos quais também publicou uma série de crônicas, entre 1963 e 1964, assinando a coluna Bom Dia, Amiga. Ainda em Jundiaí, foi colaboradora da Revista de Jundiaí e da Revista do Clube Jundiaiense; assinou, por longo tempo, a Coluna Vicentina, do Jornal da Cidade, e foi coordenadora e apresentadora do programa Sorriso de Nossa Senhora, na Rádio Santos Dumont. Igualmente, teve trabalhos em prosa publicados nos suplementos feminino e infantil da Folha de S. Paulo, na Revista do Centro Português, de Santos, na revista Por um Mundo Cristão, de Belo Horizonte, e no Boletim da Sociedade São Vicente de Paulo, do Rio de Janeiro. Como membro da representação local da U.B.E., fez parte da comissão julgadora do Concurso José Romeiro Pereira, realizado em 1962. Sua longa carreira literária é pontilhada de premiações em concursos, tais como os seguintes, em que obteve a primeira colocação: Concurso Literário da Revista da Semana, do Rio de Janeiro (1949, conto A Ratoeira); Concurso de Contos da Revista Alterosa, de Belo Horizonte-MG (1951); concurso literário da revista A Cigarra, do Rio de Janeiro (1958, conto Mudança, publicado com elogios de Paulo Rónai e Aurélio Buarque de Holanda, que julgaram os trabalhos concorrentes); concurso Sem Verbos, do jornal O Jundiaiense (1961, crônica Pavana Para Um Gatinho Morto); Concurso de Contos da Fundação Casa da Cultura de Jundiaí – Projeto Estímulo/Autores Jundiaienses (1998, conto O Cacto; 2000, conto O Inimigo); Concurso Nacional Newton Paiva de Literatura (conto Sol Negro; prêmio de R$ 3.000,00 em dinheiro). Também obteve premiações em concursos promovidos pelo Correio Popular de Campinas e pelo Jornal da Cidade de Jundiaí; no próprio Projeto Estímulo da Fundação Casa da Cultura de Jundiaí (1998, conto O Ventilador) e duas medalhas no Concurso Jubilar de Nossa Senhora Aparecida, de Aparecida do Norte; no Concurso Nacional de Contos e no Concurso Nacional de Crônicas da Academia de Letras do Estado do Rio de Janeiro; no Concurso de Contos da Secretaria de Cultura de Niterói, RJ (conto As vibrissas do gato rei. Sua vasta produção literária, marcada por apurado estilo e correção de linguagem, acha-se distribuída por dezenas de antologias constituídas por trabalhos premiados em concursos, estando presente, também, na Coletânea Jundiaiense de Poesia (1964); em Caminhando Juntos (1981), na Antologia Poética Nacional, vol. VIII (Ed. Scortecci, 1993); em Roteiros e Seleções, de Renato Báez (1996); em várias edições da Coletânea Acadêmica publicada pela Academia Feminina de Letras e Artes de Jundiaí e nos volumes de Letras Acadêmicas, publicados pela Academia Jundiaiense de Letras. Seu conto O Santo Alugado rendeu um livro independente, publicado pela Editora Literarte, em 1999. Em 2002, publicou Mania de Mamãe, reunindo os seus contos mais recentes e vários daqueles que lhe deram premiações. Ida Lehner manteve, durante anos, ativa colaboração no Jornal de Jundiaí e no Giornale, da Ponte São João. Consta em verbete do Dicionário Jundiaiense de Literatura (Literarte, 1999).

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EFEMÉRIDES
Em 27 de julho de ...
1889 Nascia em Campinas-SP o músico Argel Ferreira Leite.
1919 Nascia em Anhemby-SP o engenheiro agrônomo e escritor esotérico Joaquim Franco de Godoy.
2000 Falecia em Jundiaí, aos 71 anos, o cantor Durval de Brito Salles.
2000 Falecia em Jundiaí, aos 69 anos, o cantor Mosoer Felício.
2013 Falecia em Jundiaí, aos 84 anos, a cronista literária e de MBP Célia de Freitas.

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