(Berlim-Alemanha, 1915) – Pintor, músico, escultor e arquiteto. Nome de batismo: Franz. Pertencente a uma família de alto nível cultural e artístico, com 15 anos ingressou no Seminário de Steinfeld, na Alemanha, onde completou seus estudos humanísticos e filosóficos. Em 1937 veio para o Brasil, fixando-se, primeiramente, em São Paulo, onde foi ordenado sacerdote por Dom José Gaspar, em 1941, após concluir os estudos superiores de Teologia no Seminário do Ipiranga. Seu primeiro campo de trabalho pastoral foi o bairro de Indianópolis; em seguida, foi para o Rio de Janeiro e, finalmente, veio fixar-se em Jundiaí, onde exerceu várias funções junto à Ordem dos Salvatorianos, como as de professor, reitor do seminário e conselheiro provincial. Antes de retornar à Alemanha, em 1963, trabalhou no Seminário Jordaniano, em Várzea Paulista, onde dedicou-se intensamente à pintura. Essa vocação, já tinha se manifestado em Jundiaí, desde sua chegada, produzindo numerosos quadros, alguns dos quais continuam a integrar o acervo do Colégio Divino Salvador. Padre Damião Prentke produziu também várias esculturas, conservando-se em Jundiaí duas delas: o busto do Padre Jordan e o Atleta. Na arquitetura, figuram como obras suas o Seminário Jordaniano e o Instituto Nossa Senhora Aparecida, de Conchas-SP. Influiu, também, com seu parecer, na construção da Basílica de Aparecida, cujo arquiteto, Benedito Calixto, era seu conhecido e consultor. Revelou-se, ainda, excelente músico, inclusive atuando como maestro, e também escreveu numerosos artigos para a Revista Eclesiástica Brasileira e para a Stimmen der Zeit, da Alemanha. Traduziu para o alemão o livro Coração de Menino, de Gustavo Barroso, para que fosse divulgado em seu país, dando-lhe o título Knabenseele.