PÓ POEIRA

O Pó Poeira em 2001, quando retornou às atividades depois de 17 anos

Grupo de música raíz e latino-americana. Chamado, inicialmente, Raízes Pó Poeira, esse grupo surgiu no final dos anos 1970, com os músicos Roberto Zambelli (violão e vocal), João Jampaulo Jr. (vocal e viola caipira), Valdir Ramos (violão e vocal), Ivan Fagundes (percussão, acordeão e escaleta), Alceir Franco (bateria) e Jorge Perri (percussão, violão e vocal), todos com idade entre 19 e 21 anos e ansiosos em tomar parte nos festivais que fervilhavam em toda a região. A estreia do grupo aconteceu por ocasião do primeiro festival de música sertaneja do Grêmio C.P., onde a música Ave Maria Sertaneja, composta por Jampaulo Jr., foi classificada em terceiro lugar. Essa premiação serviu como incentivo para que o grupo passasse a pensar também na realização de shows, eis que a cidade acabava de ganhar o Centro das Artes, com um espaço próprio para esse tipo de espetáculo: a Sala Glória Rocha. A consagração do grupo veio logo no primeiro show, o Viola à Noite, cuja divulgação fez superlotar a Sala Glória Rocha e ficar muita gente de fora – o que obrigou a sua repetição no dia seguinte. Tanto na primeira como na segunda noite, a plateia embasbacou-se com músicas que foram apresentadas – algumas de autoria de Jampaulo, outras de Luiz Gonzaga e Patativa de Assaré –, deliciando-se, ainda, com os poemas de Roberto Zambelli, declamados pelo próprio. A partir desse show, o grupo passou a receber convites para se apresentar em outras cidades e para tomar parte em quase todos os festivais realizados no interior do Estado de São Paulo, inclusive alguns de âmbito estadual e nacional. No Festival Estadual de Rafard, conquistou a terceira colocação; no de Itupeva, o primeiro e terceiro lugares; e no de Mogi-Mirim, a primeira e a segunda colocações. Daí veio o segundo show, intitulado América do Sol, que voltou a lotar a Sala Glória Rocha, de novo obrigando o grupo a repetir a apresentação para satisfazer a ansiedade do público que ficou de fora na primeira noite. Neste, o repertório foi composto por músicas de raiz, entre trabalhos próprios e de pesquisa, com destaque para peças do cancioneiro latino-americano, como Guantanamera e Los Hermanos, soladas por Jorginho Perri. Nesse ano (1982), Jorginho teve que afastar-se do Pó Poeira, devido às viagens que tinha que fazer para outras regiões do País, como representante dos violões Giannini e Di Giorgio, e Ton Fonseca entrou em seu lugar. Logo depois, saiu também Valdir Ramos, que foi para a banda Transporte, e Marta Corrêa entrou com a sua voz e violão. Assim reformulado, o grupo seguiu se apresentando em quase todo o Estado de São Paulo e em muitas cidades de Minas e Mato Grosso e no Sul do País. Em Jundiaí, seu ponto mais frequente era o Bar Zé do Papagaio, onde era comum se apresentar grandes nomes da música popular brasileira, pelo prestígio dos seus proprietários, José Luiz Colagrossi e Paulinho Calasans. Em 1983, quando preparava o terceiro show – que se chamaria Revoada –, surgiam para o Pó Poeira convites para o programa Viola, Minha Viola, comandado por Inezita Barroso, e também para fazer a abertura de shows de Rolando Boldrin, além do projeto de gravação de seu primeiro LP. Foi aí que o grupo decidiu encerrar as atividades, ante a dificuldade de seus integrantes em conciliar os estudos e o trabalho com as viagens que teriam que fazer para dar conta desses compromissos. O sonho, entretanto, de um dia voltar com o Pó Poeira, permaneceu na mente de alguns deles, como João Jampaulo Jr., Roberto Zambelli e Alceir Franco, que, em meados do ano 2001, articularam o ressurgimento do grupo no cenário musical de Jundiaí. Isto aconteceu no mês de setembro, quando esses três músicos, mais Irani Gonçalves (contrabaixo, violão e vocal), Luciano Andreotti (teclado e violão), Idevaldo Aristides Boaretto, o Tato (violino, violoncelo, arranjos e vocal), Susi Barbosa (vocal e teclado), Jocimara de Souza, a Jô (vocal e flauta transversal) apresentaram o novo Pó Poeira no show O Reencontro – Pó Poeira em Revoada no Clube Jundiaiense. A nova formação foi alterada no início de 2002, com a saída de Irani, Valdir e Jocimara e a entrada de Emily Pessoto (vocal e teclado), Mário Levada (percussão e vocal) e Antonio de Pádua Pacheco (bateria), além do contrabaixista José Luiz Colagrossi (Colinha). Ao repertório foram acrescidas novas composições de João Jampaulo Jr., entre elas El Labrador, um dos destaques do show Entre Curvas e Ponteios, apresentado na Sala Glória Rocha no mês de junho. Também em 2002, o grupo foi premiado no Festival de Música da Universidade São Francisco, pelo arranjo instrumental das composições Cantorias de Boiadeiro e Curvas e Ponteios. Em todos os seus shows desta nova fase, o Pó Poeira destina parte da renda obtida com a venda dos ingressos a uma entidade assistencial ou – como no caso do show Entre Curvas e Ponteios – ao Comitê de Combate à Fome e Pela Cidadania, do Banco do Brasil. O grupo tem se apresentado, também, em espaços abertos, participando do projeto Concertos nos Parques e Praças, da Secretaria de Educação, Cultura e Esportes do Município, além de seguidos shows na Sala Glória Rocha Em 2003 o Pó Poeira obteve premiação como Melhor Intérprete no Festival Nacional de Música Canta Encanto, da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esportes, com a música Violeiros, Lendas e Violas, composta por João Jampaulo Júnior.

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EFEMÉRIDES
Em 26 de julho de ...
1892 Nascia em Jundiaí o professor João Duarte Paes.
1904 Nascia em Jundiaí a pianista Maria Paes Costa.
1906 Nascia em Jundiaí o ator João Saltori.
1926 Falecia em Jundiaí, aos 70 anos, Boaventura Mendes Pereira, chefe político na cidade.
1927 Nascia em Jundiaí o músico e compositor Eraldo Pinheiro dos Santos.
1962 Falecia em Jundiaí, aos 67 anos, o jornalista e dramaturgo José Aparecido Barbosa (Juquita Barbosa).
1969 Falecia em Jundiaí, aos 56 anos, o músico Antonio Carelli (Nhô Zinho).
1970 Nascia em Jundiaí a musicista Luciana Feres Naguno.
1982 Falecia em Campinas-SP o ferroviário e voluntário de causas sociais Vicente Breternitz.

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