(Jundiaí, 27/12/1916 +26/9/2001) – Pianista. Apelido: Juquita. Seus estudos musicais tiveram início no seio da própria família, onde o piano era tocado por sua mãe, d. Vitalina, e também por sua irmã, Nenê Paes, que foi sua orientadora, levando-a a diplomar-se, com distinção, pelo Conservatório Carlos Gomes, de Campinas. Com estudos de aperfeiçoamento feitos sob orientação dos maestros José Maria Manfredini e Agostinho Cantu, em São Paulo, e com Maria Meirelles Mello e Olga Rizzardo Normanha, em Campinas, Juquita vivenciou a fase áurea do Cine Theatro Polytheama, acompanhando, ali, grandes orquestras e cantores e também se apresentando como solista em numerosos festivais beneficentes. Durante muitos anos, acompanhou a Orquestra da Sociedade Jundiaiense de Cultura Artística e o famoso Ballet Jundiaiense, dirigido por Glória Rocha, percorrendo, com os mesmos, várias cidades do interior paulista. Nos primeiros anos da Rádio Difusora Jundiaiense, por diversas vezes acompanhou talentosos cantores, como o tenor Moacyr de Almeida Ramos, além de também fazer apresentações solo. Como professora, foi responsável pela iniciação pianística de muitos jundiaienses que se consagraram na arte musical e de muitos professores ainda em atividade. Passaram por suas mãos, entre outros pianistas talentosos, os professores Vânia Lia Setti, Waldemar Portela Pires, Maria Salete Sertório, Maria Ignês Carletti, Marilsa Martins Penteado, Vanda Nano, Mário Luiz Borin, Nayr Effenberger Guelli e Maria Carlota Orsi Dias. Foi, também, inspetora de ensino artístico, exercendo essa atividade em conservatórios de diversas cidades. Por seus méritos musicais, foi agraciada pelo embaixador Macedo Soares com a Medalha Comemorativa da visita do presidente Alfredo Stroessner ao Brasil e também recebeu homenagens das Academias Juvenil e Feminina de Letras e Artes de Jundiaí. Entre 1969 e 1972, integrando a Comissão Municipal de Música, Juquita Paes foi a grande responsável pela vinda da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo à cidade, no último grande evento realizado no Cine Theatro Polytheama antes do seu fechamento. Depois de afastar-se do ensino, Juquita passou a prestar colaboração à música sacra, atuando como organista do coro da Catedral Nossa Senhora do Desterro até pouco antes de falecer.