Pintora. Uma colagem, a que deu o nome O Que Restou de Uma Revista, foi o primeiro quadro produzido por essa ex-aluna do Grupo Escolar Conde do Parnaíba, cujo interesse pelas artes plásticas nasceu da observação dos trabalhos feitos por seu tio, Raul Zomignani (o África), ao tempo em que este escultor se ocupava com a criação de estatuetas para a decoração de túmulos e de ornamentos para as fachadas de residências de Jundiaí. Depois de O Que Restou de Uma Revista, que lhe abriu as portas para uma série de exposições no Gabinete de Leitura Ruy Barbosa, Maria Mafalda buscou o aprimoramento de sua técnica, cursando desenho e pintura em Campinas e também frequentando a Escola Panamericana de Arte, em São Paulo. Em 1969, recebeu sua primeira grande premiação, ao participar do Encontro Jundiaiense de Arte realizado no Parque Municipal Comendador Antonio Carbonari. Nos anos subsequentes, repetiu sua participação no EJA, expôs nas primeiras feiras de artes realizadas em praça pública, esteve presente nas primeiras mostras de arte do Clube Beneficente e Recreativo 28 de Setembro e participou da fundação da Associação dos Artistas Plásticos de Jundiaí. No início dos anos 80, Maria Mafalda se transferiu para São Paulo, onde continuou tomando parte em exposições, além de dedicar-se ao magistério. Em 1987, seus quadros foram mostrados na Varig e em uma coletiva realizada na Holanda; em 1989, expôs com o grupo Doze Arte no Campo das Artes; em 1990, esteve com o mesmo grupo em uma coletiva na Casa da Cultura de Jundiaí e em 1992 ajudou a organizar o I Festival de Arte Livre de Jundiaí, que foi realizada no Máxi Shopping, com a presença de artistas de várias cidades do Estado.