(Treviso, Itália, 18/1/1877 +Campinas-SP, 15/3/1959) – Ferroviário e artesão do metal. Filho de Luigi Mathion e Giovanna Zannini, oriundos da região de Vêneto, Carlos Ângelo Mathion veio para o Brasil com dois anos de idade, viajando com os pais e mais quatro irmãos, todos menores, a bordo do vapor Pacífica Gênova, que aportou no Rio de Janeiro em 23/3/1889. Ainda adolescente, ingressou na antiga estrada de ferro Leopoldina (The Leopoldina Railway), empresa a que serviu em várias localidades, desde Nova Friburgo e Cachoeira de Macacu, no Rio de Janeiro, a Além-Paraíba, em Minas Gerais. Em Cachoeira de Macacu, onde fundou e dirigiu o Liceu Instrutivo e Recreativo dos Empregados da Leopoldina, teve oportunidade de receber a visita do presidente Nilo Peçanha, e em Nova Friburgo fez parte da comissão que recepcionou Ruy Barbosa, quando este se encontrava em campanha para a presidência da República. Em 1929, quando se aposentou, Carlos Ângelo Mathion veio para Jundiaí, onde acabou de criar sua numerosa família (14 filhos) e, por diversas vezes, demonstrou sua habilidade no manejo do aço, executando obras como a marquise do Cine Theatro Polytheama, que se preserva até os dias de hoje, e as letras que por muitos anos emolduraram a fachada da antiga Cia. Mecânica e Importadora de São Paulo, empresa que deu origem à Sifco. Embora tenha falecido em Campinas, Carlos Ângelo Mathion foi sepultado em Jundiaí, aonde continuam a residir vários membros de sua família.