São Paulo, 7/7/1924 +15/9/2008 – Um dos mais importantes e produtivos roteiristas brasileiros (ao lado de Rubens Francisco Lucchetti), Gedeone Malagola começou a desenhar na infância, incentivado pelo pai, que era pintor e desenhista acadêmico. Das cópias dos quadrinhos de Flash Gordon, de Alex Raymond, que eram publicados pelo Suplemento Juvenil, passou aos desenhos e roteiros próprios e iniciou sua carreira fornecendo tiras de humor para o tabloide paulistano A Marmita. A partir daí, trabalhou para a maioria das editoras deste gênero, entre elas: Cômico Colegial, Edições Júpiter, La Selva, Novo Mundo, Vida Juvenil, Vida Infantil, Editora Continental, Editora Outubro, Taika, Edições GEP, Nova Sampa, Editora Trieste, Editora D’Arte e ICEA. Adaptou-se, em seguida, a todos os gêneros de quadrinhos, do infantil aos de aventura, de guerra e de terror. Neste último, foi pioneiro no Brasil, com uma história de assombração escrita em 1953. Escreveu histórias de terror para as revistas Frankenstein, A Múmia, Drácula, Estórias Negras e Clássicos do Terror, publicadas pela editora Outubro. Em meio século de carreira, Gedeone produziu mais de 1.600 histórias, inclusive de personagens popularizados pela TV, como o super-herói He-Man. Também deu vida a personagens que marcaram leitores por muito tempo, como alguns dos primeiros heróis e super-heróis brasileiros – Targo, Juvêncio, Raio Negro, Homem-Lua e Homem-Mosca e outros. Passou ainda pelos quadrinhos de guerra do antológico Combate, um dos gibis brasileiros mais marcantes na segunda metade da década de 60. Uma de suas obras-primas, O Lobisomem, feita em parceria com Sérgio Lima e Nico Rosso, ganhou álbum de luxo pela Opera Graphica em 2002. Em Jundiaí, Gedeone ministrou cursos de HQ e teve participação em diversas mostras de quadrinhos. Recebeu premiação no II Concurso de Minicontos da Academia Feminina de Letras Artes de Jundiaí pelo trabalho intitulado Eu Não Sou Eu, e integrou a comissão organizadora do I Salão Nacional do Humor de Jundiaí, realizado em 1991, no Centro das Artes. Nos últimos anos – até sofrer um acidente que o deixou impossibilitado de descer ao seu estúdio, no porão de sua casa – Gedeone trabalhava num projeto audacioso, roteirizando uma história do mágico Mandrake para o cinema. O nome de Gedeone Malagola – policial civil aposentado que vive em Jundiaí desde os anos 70 – é citado em praticamente todas as enciclopédias de HQ, tanto no Brasil como no Exterior. Consta, também, no Dicionário Jundiaiense de Literatura, de Celso de Paula, publicado em 1999.

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EFEMÉRIDES
Em 15 de maio de ...
1911 Nascia em Franca-SP o professor e pintor Antonio Del Monte.
1911 Nascia em Jundiaí a pianista Maria da Glória Oliveira Faria.
1930 Falecia em Jundiaí João Nano, patriarca da família Nano no Brasil.
1931 Falecia em Jundiaí, aos 63 anos, João Maria Gonzaga de Lacerda, último intendente e primeiro prefeito de Jundiaí.
1945 Nascia em Jundiaí o músico José Delfino Sureira.
1956 Nascia em Jundiaí o escultor Jôse Gracias Dio.
1972 Falecia em Jundiaí o professor e filatelista Emílio Oscar de Alvarenga Mazzola.
2004 Falecia em Jundiaí, aos 78 anos, o professor e ex-prefeito Pedro Fávaro.

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