(Bragança Paulista, 19/11/1860; +Jundiaí, 10/5/1949) – Professor e maestro. Filho de Joaquina da Silveira e Fortunato d’Anunciação Maia. Diplomou-se na 1ª Escola Normal de São Paulo em 1884 e em 1885 foi nomeado para dirigir a Escola Rural da Fazenda Passarinho (antigo distrito de Rocinha e atual cidade de Vinhedo). Depois de cursar até o 3º ano de Direito, acabou desistindo do curso, por problemas financeiros, e passou a dedicar-se exclusivamente ao magistério. Em 1890, foi removido para o Grupo Escolar Coronel Siqueira Moraes, em Jundiaí, onde, mais tarde, foi nomeado adjunto e, em 1899, diretor. Em 1916, aposentando-se do magistério, passou a dedicar-se inteiramente à música sacra e em 1923 dirigiu o coro masculino do Mosteiro de São Bento. Compôs vários hinos para esse coro e para o Schola Cantorum, tais como: Jesus Amabilíssimo; Alvorada (para a comunhão das crianças); A Santa Escolástica; Tantum Ergo; A São José Miserére (baseado no Salmo de David); A Nossa Senhora do Rosário e Missa Cantada, sua última composição, que restou inacabada. Também compôs várias músicas para sua neta, Maria Isabel de Toledo Penteado, e musicou várias operetas infantis baseadas em contos de fadas, como Branca de Neve, João e Maria e A Bela Adormecida, as quais foram encenadas em Atibaia, entre os anos de 1926 e 1930. Foi figura de relevo no Schola Cantorum até os últimos dias de sua vida, por vezes fazendo o contracanto sozinho, quando, durante a semana, faltavam outros elementos masculinos. Também foi grande incentivador das obras vicentinas em Jundiaí, Itatiba e Bragança Paulista. Em 1947, na passagem do Jubileu de Ouro da Conferência de N.S. do Desterro (1ª Conferência Vicentina de Jundiaí), leu no Grêmio C.P. a respectiva ata de fundação, que fora lavrada por ele próprio, em 1897. Napoleão Maia casou-se duas vezes. Com Deolinda de Barros teve seis filhos. No segundo matrimônio, com Ana Galvão de Barros (irmã da primeira esposa) não teve filhos. Em 1951, o seu nome foi atribuído à escola estadual da Vila Salermo e, posteriormente, a uma das ruas da Vila Rio Branco.