(São Carlos-SP, 15/8/1926 +Jundiaí, 19/2/1999) – Músico. Pertencendo a uma família numerosa, Roberto e os oito irmãos começaram a trabalhar muito cedo; entretanto, todos tiveram grande gosto pela música, por influência do pai, Antonio de Barros Leite, que era violonista bastante popular. Devido a dificuldades financeiras, Roberto se mudou com a família para Analândia, onde passou sua adolescência. Nessa época, seu pai já se tornara amigo do famoso músico Canhoto, ao qual acompanhava em concertos, além de representá-lo no interior de São Paulo. Em 1939, mudou-se para Jundiaí onde trabalhou no comércio e também como enfermeiro na Casa de Saúde Dr. Domingos Anastasio, durante muitos anos. Mais tarde, ingressou na Cooperativa da Cia. Paulista de Estradas de Ferro. Recém-fundada, nessa época, a Rádio Difusora Jundiaiense realizava um programa de calouros no antigo Cine Ideal, do qual ele passou a participar, ao lado de amigos como Mário Augusto, Inês Pereira, José Donadelli, Durval Sales, cantando as músicas da época, sempre acompanhado pelo Regional de Mário Mazzola. Também chegou a se apresentar nos cines República e Polytheama e no Clube São João, já, nessa altura, interpretando canções gravadas por Gilberto Alves, com o mesmo timbre de voz. A sua admiração por esse cantor acabou resultando numa grande amizade e, por diversas vezes, chegou a trazê-lo a Jundiaí, para cantarem juntos nos saraus realizados no sítio de seu irmão, Toninho Barros Leite. Por intermédio de seu outro irmão, Valdomiro, Roberto conheceu e fez amizade com os músicos locais Leonardo Scarpim e José Afonso, com os quais chegou a gravar diversas fitas, em sua casa, onde se reuniam para tocar, horas seguidas, quase todas as tardes.