(4/8/1884 +24/1/1964) – Músico e maestro. Estudou Física e Matemática na Universidade de São Petersburgo (hoje Leningrado), ao mesmo tempo em que lecionava para custear seus estudos. Chegou ao Brasil em agosto de 1924 e fixou-se, inicialmente, no Estado do Paraná. Só depois se transferiu para Jundiaí, onde havia comprado um sítio. Aqui, começou a trabalhar na Companhia Paulista de Estradas de Ferro, em setembro de 1926 no Almoxarifado. Chefiou, em 1929, a secção de Expedição. A partir de 1938 começou a se dedicar mais à música, tocando na orquestra da Sociedade Jundiaiense de Cultura Artística. Em julho de 1938 criou um coral misto de quatro vozes – formação inédita em Jundiaí, até essa época. Dos mais de 50 participantes do primeiro ensaio, o coro estabilizou-se em 31 vozes quase constantes. A primeira peça ensaiada foi Cantos Mais Belos…, que ficou sendo o hino do coro. Depois os ensaios passaram a ser realizados num galpão da Cia. Paulista e o grupo participou de diversos festivais no Cine Theatro Polytheama, na Cruzada da Mocidade Católica e na Sociedade Jundiaiense de Cultura Artística. Em outubro de 1943, o coro foi convidado a cantar no Palácio dos Campos Elíseos, em audição especial para o governador do Estado e convidados. A partir de janeiro de 1953, o grupo passou a ensaiar aos domingos de manhã no Cine Rosário – que funcionava no Salão Paroquial Nossa Senhora do Desterro – e nos dias de semana, na Cruzada da Mocidade Católica. Um mês depois, participou da Exposição Industrial e Festa da Uva com a qual foi inaugurado o Parque Comendador Antonio Carbonari. Também se apresentou no Clube Jundiaiense por ocasião da entrega dos prêmios da Festa da Uva e, depois, no ato solene da entrega da Comenda da Ordem do Cruzeiro do Sul a Dom Abade. Em agosto de 1954, quando o Salão Paroquial foi alugado e o seu prédio entrou em reforma para abrigar o Cine Marabá, o coro de Juhan Kartau foi acolhido no Conservatório Musical de Jundiaí, de Olga Mila Flores. No começo de 1957, o maestro adoeceu e a regência do coro foi assumida por Carlos Franchi. Kartau faleceu poucos anos depois, deixando dezenas de composições e arranjos, tais como estes da década de 30: Foi Boto, Sinhô, É Doce Morrer no Mar, Maringá e Tristeza do Jeca.