GRUPO GUARANY DE COMÉDIAS

3/2/1954: Teatro Latorre lotado para a peça O marido nº 5

Grupo amador criado em 25/7/1948, junto às Indústrias Andrade Latorre, por iniciativa de seu diretor presidente, Luiz Latorre, com o objetivo de confraternizar os empregados daquela empresa e proporcionar momentos de lazer e cultura à população, por meio do teatro. A orientação do grupo ficou a cargo do diretor-secretário da empresa, Miguel Latorre, que contou, inicialmente, com a participação de João Batista Nalini, Gumercindo Lazzarini, Diogo Lucena, Armando Severino Boldrin, Alberto Boldrin, Roberto Boldrin, José de Paula Baeta, João Melato, Carlos Melato, Antonio Melato Filho e Mercedes Vaccari. Deu-se ao grupo o nome Guarany, em alusão a uma das marcas de fósforos produzidas pelas Indústrias Andrade Latorre e à ópera do consagrado compositor brasileiro Antonio Carlos Gomes. Os ensaios eram feitos à noite e nos fins de semana, sendo os espetáculos apresentados pelo menos uma vez por mês, sempre com renda revertida em benefício de uma entidade assistencial (Casa da Criança Nossa Senhora do Desterro, Associação de Assistência à Família do Tuberculoso de Jundiaí, Asilo Barão do Rio Branco, Associação e Oficinas Santa Rita de Cássia) ou em prol da formatura de estudantes. O Guarany permaneceu em atividade durante 15 anos e encenou cerca de 130 espetáculos, contando com atores como: Luiz B. Garcia, Virgínia Torricelli Veiga, Mercedes Vaccari, Humberto Turquetto, Paulo Rodrigues Branco, Terezinha de Jesus Trevisan, Ana Santa Maria Carvalhar, Fátima Pallazzo, Romeu Gozzo, Victor Iamondi, Darcy Cosloski, Antonio dos Santos, Reynaldo Bedin, Reinaldo dos Santos, Moacyr Vendramin, Carolina Kholler, André Callegari, Darcy Olivato, Hélio Boldrin, Heitor Paulo Ranzini, Jayro de Barros Lara, Roberto Durigon, Eitor Ajudarte, Neide C. Pereira, Clodo Netto, Terezinha Normanton, Iole Ceccato, Suely Ranzini, Maria Victor Alves, Dorothéa Beisigel, Nilson Crivelaro, Daniel dos Santos, Hermínia Martho, Sérgio Scarazzatto, Mosoer Felício, Crisolde Faria Pinheiro Homet, Alvimar Alves de Almeida, Paulo Barbosa, Gentil Bervert e outros. Heitor Paulo Ranzini, Humberto Turquetto, Armando Gonzaga e Sebastião Paulo Penteado foram os nomes que se destacaram como ensaiadores do grupo, mantendo-o em atividade até os anos 60. Atuavam na parte técnica: Leonor Enfeldt e Rubens Soares (ponto), Júlio Previato (maquinista), Dorival José Parisi (locutor), André Callegari (contrarregra), Omar Rodrigues da Silva (sonoplastia e efeitos de luz), Heitor Ranzini (maquilagem), João Murari (cenários), Alzirinha L. (figurinos). Pela diretoria do grupo, sempre constituída por empregados da empresa, passaram: Armando S. Boldrin, Gumercindo Lazzarini, Roberto Boldrin, Adilson Cosloski, Vicente de Paulo Pereira, Antonio Pagano, Mercedes Vaccari, Dorival José Parisi, Sebastião Paulo Penteado, Ana Boldrin, José Chene, André Callegari, Darcy Leoni, Teresa Ferreira, Elza Cintra, Daisy Sagrillo Ferreira, Neyde de Souza Oliveira, Neusa Carvalho, Oester Aparecida Bianchi, Dorothéa Beisigel, Hugo Malagodi, Elizabeth Iamondi, Edgar Martins, Nelson Sagrilo, Maria Ignez de Campos, Geraldo Barreto, Wagner Coltro, Oswaldo Bervert, Antonio Sperandini e outros. As peças – Ao longo da sua existência, o Grupo Guarany realizou cerca de 130 espetáculos, apresentando peças como Sílvio, o Cigano, Feia, O Diabo Enlouqueceu Chica Boa, Priminho do Coração, Futebol em Família, Inimigo das Mulheres, O Marido nº 5, Arsênico e Alfazema, Filha do Mar, Lágrimas de Homem, O Santo Milagroso, A Cigana me Enganou, Amo Todas as Mulheres, Um Rapaz Feio, Auto da Compadecida e outras, que sempre lhe garantiram casa lotada e rasgados elogios da crítica especializada. Sobre a performance do elenco em O Futuro Ministro – peça apresentada em 10 de novembro de 1956, no 94º festival do grupo, com renda em prol da comissão de formatura dos ginasianos das Escolas Padre Anchieta –, o jornal A Folha estampou, em primeira página, em sua edição de 13 de novembro, o seguinte comentário do jornalista Innocêncio Mazzuia: “Quem quiser desopilar o fígado, vá assistir a O Futuro Ministro. É comédia que faz bem ao coração também. Se alguém está oprimido, está com alguma tristeza provinda de recalque, não deixe de se encaminhar ao teatrinho da Rua São Bento, que sairá satisfeito. Armando Gonzaga soube dar a essa peça aquele toque mágico que lhe assegura êxito, por apresentar um enredo capaz de prender a atenção do público de começo a fim. As situações cômicas causam explosões de riso. O Grupo Guarany de Comédias fez sucesso, não um comum sucesso (porque já tem tantos), mas um sucesso invulgar, com esta última peça. SUCESSO (com maiúsculas!). Foi uma comédia ‘do barulho’, essa de sábado último. Ótima! Revelaram-se estupendos em suas apresentações: Hugo Malagoli, Paulo Penteado, Onésio Brigante, Clodoaldo Netto, Shirley Martho, Mercedes Vaccari e Arnaldo Carraro. Hugo Malagoli soube imprimir aquele ‘ar’ de autoridade paternal um tanto condescendente (necessária ao êxito da peça), fazendo-o com propriedade; Paulo Penteado aparece-nos como ‘autêntico’ Senador-Coronel, dos fins dos tempos da nossa República (com expressiva maquilagem) mostrando-se contrariado com os problemas da política atual; papel vivido com ajuste, esse; Onésio Brigante revela-se bem como ‘dono de expressão’, fazendo o atrapalhado Vicente (criado terrível nas diabruras) com Joana e Maneco; Clodo Netto esteve bem (no pouco que fez); Shirley Martho, interpretando Joana, ganha a admiração pública ao mostrar-se, ora ‘sabida’, ora ‘simplória’ no seu difícil papel, diante das insistências de Vicente, que a ama pateticamente e a adora como companheira, criando situações socialmente precárias, fazendo a plateia rir a ‘bandeiras despregadas’, em certos lances da peça, que pontilham os valores artísticos de Mercedes Vaccari e Arnaldo Carraro, ao lado daqueles dois, causando muito boa impressão. Enfim, trata-se de ótima peça. Vale a pena assistir.” Também em 1956, foi levada ao palco a primeira montagem de Arsênico e Alfazema, peça que voltou a cartaz em 1962, ainda no teatro das Indústrias Andrade Latorre, e depois, em 1990, na Sala Glória Rocha, desta feita, com um elenco reforçado por atores remanescentes de outros grupos extintos nos anos 60 e 70 e que vieram compor a Associação Teatro de Veteranos de Jundiaí. Da montagem de 1956 tomaram parte: Cristina Iamondi, Luiz Garcia, Victor Iamondi, Alzira Klemm, Mercedes Vaccari, Oswaldo Augusto, José Diogo dos Santos, Eitor Ajudarte, Gentil Bervert, Adelche Zanirato, Alfredo Maia e Reynaldo Bedin (atores); Alberto Boldrin, Ana Boldrin, Antonieta de Bona, Darcy Iamondi, Álvaro Oliveira e Omar Rodrigues da Silva (parte técnica). Na de 1990 estiveram: Virgínia Torricelli Veiga, Hermínia Martho, Reynaldo Bedin, Gentil Bervert, Sérgio Scarazzatto, Crisolde Faria Pinheiro Homet, Alvimar Alves de Almeida e Paulo Barbosa. Dirigiu a peça o veterano Sebastião Paulo Penteado.

Elenco do Grupo Guarany de Comédias com diretores das Indústrias Andrade Latorre
Grupo Guarany d1961: Casa lotada para assistir A Compadecidae Comédias.
Dorival José Parisi (no papel de padre), Clodoaldo Netto, Mosoer Felício e Paulo Rodrigues Branco, em A Compadecida
Destaque para o cenário criado por João Murari para A Compadecida
Cenário e figurinos foram destaque em Silvio, o Cigano
Paulo Branco, Romeu Gozzo e Dorothéa Beisigel em cena da peça Inimigo das Mulheres
Romeu Ferragut e Dorothéa Beisigel em cena da peça O Diabo Enlouqueceu
Jayro de Barros Lara, Sueli Ranzini, Sebastião Penteado e Mercedes Vaccari, em cena na peça Priminho do Coração
Cena de ação em Sílvio, o cigano
Paulo Branco em outra cena da peçade Ariano Suassuna
Cena de grande realismo na montagem dirigida por Sebastião Penteado
Cena de O marido nº 5, com Terezinha Trevisan, Sueli Ranzin, Darcy Olivato, Luiz Garcia e Mercedes Vaccari
12/3/1962: Victor Iamondi, Alfredo Maia, Luiz Garcia e Reynaldo Bedin peça Arsênico e Alfazema
Cena de Arsênico e Alfazema em que John (interpretado por Reynaldo Bedin) é preso
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EFEMÉRIDES
Em 26 de julho de ...
1892 Nascia em Jundiaí o professor João Duarte Paes.
1904 Nascia em Jundiaí a pianista Maria Paes Costa.
1906 Nascia em Jundiaí o ator João Saltori.
1926 Falecia em Jundiaí, aos 70 anos, Boaventura Mendes Pereira, chefe político na cidade.
1927 Nascia em Jundiaí o músico e compositor Eraldo Pinheiro dos Santos.
1962 Falecia em Jundiaí, aos 67 anos, o jornalista e dramaturgo José Aparecido Barbosa (Juquita Barbosa).
1969 Falecia em Jundiaí, aos 56 anos, o músico Antonio Carelli (Nhô Zinho).
1970 Nascia em Jundiaí a musicista Luciana Feres Naguno.
1982 Falecia em Campinas-SP o ferroviário e voluntário de causas sociais Vicente Breternitz.

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