Lau Michele di Ramera, Itália, 13/10/1920, + Garça-SP, 29/8/2011 – Pintor sacro. Já na infância, Bruno de Giusti começou a revelar o seu pendor para a pintura, destacando-se entre os garotos da sua idade pelos desenhos que fazia. Com isto acabou chamando a atenção do pároco de sua cidade, que, após testá-lo na reprodução de um dos quadros da igreja, propôs a seu pai enviá-lo a Veneza para fazer os seus estudos com os grandes mestres italianos da época. Achava-se matriculado na Escola de Belas Artes de Veneza quando irrompeu a 2ª Guerra Mundial, o que o levou a servir as forças italianas, como desenhista, no Estado Maior do II Exército. Recebendo a dispensa militar em 11/9/1943, retornou à escola em Veneza, conseguindo, por fim, sua tão sonhada licenciatura. Prestes a iniciar a carreira artística, porém, acabou sendo denunciado e preso por não aderir ao partido fascista – ao que foi forçado, depois, para escapar à execução. Ainda na prisão, recebeu uma carta dos seus tios, que viviam no Brasil, pedindo-lhe que trouxesse para cá os seus avós maternos. Após regularizar a sua documentação, com a ajuda de um oficial que conhecera na Escola de Belas Artes, Bruno migrou para o Brasil, onde, só então, pode por em prática os conhecimentos adquiridos com os mestres venezianos. Realizou pinturas sacras nas basílicas do Rio de Janeiro, São Paulo, Marília, Rio Claro, Campinas, Porto Feliz e Sorocaba, além de Jundiaí, onde desenvolveu, em 1986, toda a decoração interna da Matriz de N. S. da Imaculada Conceição de Vila Arens.