(São Paulo, 1º/1/1887 +12/1/1944) – Jurista, escritor e idealizador da primeira viagem de automóvel realizada entre São Paulo a Jundiaí. Tito Prates destacou-se nas letras jurídicas, publicou livros e ocupou importantes cargos públicos, mas, dentre os seus feitos, sem dúvida, o mais comemorado foi uma viagem que ele fez em 1912, num automóvel de fabricação inglesa, vindo de São Paulo até Jundiaí. O Bracon em que, além dele, viajaram o piloto Edu Chaves, o escritor Cícero Marques, Eduardo Nielsen e um mecânico italiano, demorou oito dias para vencer os 60 quilômetros que separam as duas cidades e, à sua chegada, a população os recebeu com muita festa, dando-lhes o tratamento de heróis. Família – Tito Prates da Fonseca foi filho do Coronel Antonio Leme da Fonseca e de D. Clara Prates da Fonseca e neto, pelo lado paterno, de José Manoel da Fonseca, senador do Império, e de D. Ana Joaquina Prado da Fonseca, 2ª Baronesa de Jundiaí. Seu pai, bem antes da Lei Áurea, houvera libertado seus escravos, tornando-se um dos pioneiros da imigração italiana. Foi casado com Noêmia de Queiroz Telles, neta do Barão de Jundiaí e sobrinha do Barão do Japy e do Conde do Parnaíba, e com ela teve seis filhos: Oswaldo, Cecília, Olga, Fernando, Lúcia e Waldemar, e os netos Luiz Alberto, Marília, Luís Fernando e Tito. Carreira – Tito Prates da Fonseca começou a preparar-se para os estudos nas Escolas Cristãs de Paris; depois, passou pelos colégios São Luís (Itu), Anchieta (Nova Friburgo) e Arquidiocesano (São Paulo); chegou a cursar dois anos na Escola Politécnica; por fim, ingressou na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, onde se bacharelou, com distinção, em 1917. Ao início de sua carreira, exerceu a função de delegado de polícia em Buri, Capão Bonito e Cruzeiro. Depois, atuou como oficial de gabinete de Thyrson Martins e de Heitor Penteado, na Secretaria de Estado dos Negócios da Agricultura, e quando da visita do rei Alberto, da Bélgica, a São Paulo, foi condecorado com a Ordem da Coroa daquele país. Direcionando sua carreira para o ensino, lecionou Direito Administrativo nas faculdades de Ciências Econômicas e de Sociologia do Instituto Saedes Sapientiae, de São Paulo; no Instituto Cultural e no Departamento de Serviço Público de São Paulo. Foi, ainda, prolífero escritor, colaborando com as revistas Paulista, Direito Social, A Ordem, Ciências Econômicas e Política, e publicando, entre outras obras, Índice Analítico das Revistas dos Tribunais, Nulidades do Processo Civil, Sucessão Testamentária, Problemas Prévios da Sociologia e Autarquias Administrativas (trabalho premiado pelo Instituto dos Advogados de São Paulo, como o melhor do ano). Em 1936, como paraninfo dos formandos da Faculdade de Ciências Econômicas de São Paulo, proferiu discurso sobre o tema Orientação Filosófica das Ciências Econômicas, o qual ganhou luxuosa edição da Editora Saraiva. Sua biografia e demais obras que publicou são mencionadas no Grande Dicionário Contemporâneo Interamericano.

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EFEMÉRIDES
Em 12 de setembro de ...
1953 Falecia em Jundiaí, aos 77 anos, o jornalista e escritor Secundino Veiga.
1956 Nascia em Jundiaí o violoncelista e guitarrista José Eduardo Vergínio Calasans.
1963 Nascia em Vinhedo-SP a pintora Laura Viguetti Chechinato Pansarini.
1964 Falecia em Jundiaí, aos 102 anos, o músico José Corrêa da Silva (Juca Bolinho).
1965 Nascia em Jundiaí o pintor e cenarista José Carlos de Lima Júnior.
1991 Falecia em Jundiaí, aos 77 anos, o cantor e ator Olivo Gozzo.

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