Seresteiro e compositor. Apelidos: Zé Doval e Zé Baleia. Além de acompanhar os seus parceiros na cuíca, Zé Doval foi um dos principais compositores do grupo Chorões do Japy, levando-o, por diversas vezes, a disputar os primeiros lugares do concurso em que era escolhida música-tema da Festa da Uva. Na festa de 1938, foram classificadas duas das suas composições – o samba Terra dos Bandeirantes (música de Luiz Chiavegatti; 2º lugar); e a marcha Encontrei o Meu Amor (música de Dorival D’Angieri; 3º lugar) – e na de 1953 obteve a quarta colocação com a marcha-rancho Diamante Negro. Fez, também, para o grupo, a canção Belezas de Minha Terra, o samba Meu Jundiaí, o samba-choro Enfatuada, as marchas Rio Claro e Sai da Frente, entre tantas outras. Sobre a sua atuação, como líder da boemia jundiaiense, lembrou, em uma entrevista à imprensa, a filha de Dorival D’Angieri, Lúcia D’Angieri: “Ele gostava muito de música e era um estudioso desta arte. Era ele quem juntava todos os músicos e os levava para a casa dele para os ensaios; era o organizador de tudo, a alma do conjunto. Meu pai tinha muita amizade com o Zé Doval e eu acompanhava as reuniões do grupo. Na casa dele havia uma vitrola daquelas manuais. Ele tinha contato com muitos músicos e compositores e os trazia para Jundiaí. Inclusive, foi ele quem trouxe o músico Paraguaçu para cá”.