Educandário de moças fundado em 1863, na cidade de Campinas, e que funcionou a maior parte da sua existência em Jundiaí, onde veio dar origem à antiga Escola Normal Livre (da D. Aninha) e, mais tarde, ao Instituto de Educação, que atualmente leva o nome de E.E.P.S.G. Bispo D. Gabriel Paulino de Bueno Couto. Foi sua fundadora a professora alemã Carolina Krug Florence, casada com o desenhista e pesquisador francês Hércules Florence, cujas relações com Jundiaí perduravam desde 1828, quando ele aqui esteve a serviço da expedição científica e cultural chefiada pelo Barão de Langsdorff. O Florence transferiu-se para Jundiaí em agosto de 1889, em razão da epidemia de febre amarela que assolava Campinas, colocando em risco a saúde de suas alunas. Aqui permaneceu até 1928, ocupando um casarão que existia na Rua Barão de Jundiaí, defronte ao Largo de São Bento, no lugar onde se encontra hoje o Instituto Nacional de Securidade Social. Em sua época, o Florence manteve estreita colaboração com as associações vinculadas ao mosteiro de São Bento, cuja capela era utilizada nas aulas de canto de suas alunas. Também participava dos principais eventos cívicos e religiosos de Jundiaí e promovia, anualmente, exposições com trabalhos de crayon, carvão, grafite, pastel, aquarela e óleo sobre tela, para mostrar os progressos de suas alunas. Além de Caroline Florence, que se manteve à frente do colégio até 1899, foram suas diretoras Augusta Florence e Hermínia Michaellis, Cecília de Almeida, Elisa Sampaio, Rosa Fladt, Regina Martins (D. Guina) e, por último, Ana Pinto Duarte Paes (D. Aninha), que assumiu a propriedade da escola em 1928, alterando o seu nome para Escola Normal Livre de Jundiaí. Em 1946, esta foi encampada pela Prefeitura e transferida ao Estado, transformando-se, então, na Escola Normal e Colégio Estadual de Jundiaí. Já em prédio próprio, no Bairro do Anhangabaú, transformou-se no Instituto de Educação Jundiaí e, por fim, na atual Escola Estadual Bispo Dom Gabriel Paulino de Bueno Couto.