Roma-Itália, 8/12/1916, Jundiaí, 25/12/2005 – Fotógrafo e cinegrafista. Ainda menino, Elio Ugo Cocheo brincava, à noite, perto de sua casa, quando deparou com uma companhia fazendo filmagens nas imediações. Aproximando-se, ofereceu-se para ajudar os cinegrafistas a carregar seus apetrechos. Com esse gesto voluntário, acabou conquistando a simpatia dos assistentes de direção de câmera e sendo contratado para continuar realizando aquele trabalho com outras equipes. Depois de algum tempo, ele foi convidado para ser segundo assistente de câmera; em seguida, passou a primeiro assistente; mais tarde, a foguista e, finalmente, a cameraman. Nesta função, serviu, posteriormente, à força aérea da Itália, realizando filmagens de reconhecimento nos campos de batalha da Abissínia (1935) e em Elmas, aeroporto da Sardenha (Espanha), durante a 2ª Guerra Mundial. Em 1949, Elio Cocheo veio para o Brasil, estimulado por um anúncio da Cia. Cinematográfica Vera Cruz, que buscava, junto ao sindicato italiano de cinema, diretores e cinegrafistas para os seus filmes. Elio estreou na Vera Cruz com os diretores italianos Pieralice e Mastrocinco, filmando “Veneno”, e depois fez outros filmes, como “Casinha Pequenina” e “Brasil à Meia-Noite”, além de numerosos documentários dirigidos por Primo Carbonari. Após o fechamento da Vera Cruz, Elio passou a trabalhar com produções particulares, abraçando, ao mesmo tempo, a profissão de fotógrafo, incentivado por seu amigo Rigo Sanguini, com o qual abriu um estúdio em Jundiaí. Mudando-se definitivamente para esta cidade, em 1957 associou-se a Innocêncio Mazzuia, Américo Mean e Reynaldo Bedin na fundação da Jundiá Filmes, que trouxe para Jundiaí p cineasta Carlos Coimbra para dirigir as filmagens de “Crepúsculo de Ódios”. Depois de trabalhar nesse filme como diretor de fotografia, Cocheo iniciou uma nova fase em sua carreira, dedicando-se ao fotojornalismo. Trabalhou no Jornal de Jundiaí de 1965 até 1973, e depois, no Jornal da Cidade, até 1999. Teve passagens, ainda, pelo Diário de Jundiaí e pelas sucursais do Diário de São Paulo e do Correio Popular de Campinas, como freelancer. Em 1996, sua vida foi objeto de uma monografia de conclusão do Curso de Jornalismo da Faculdade de Comunicações da Unicamp.