Jundiaí, 3/4/1901 + Jundiaí, 9/5/1982 – Poetisa. Também foi conhecida como Dona Zequinha. Filha de Rufina e Bento M. de Oliveira Arruda. Professora formada pela Escola Normal Oficial de Campinas-SP, Judith Carretta exerceu o magistério, durante vários anos, nas cidades de Campinas, Atibaia-SP e Jundiaí. Colaborou no jornal A Folha, respondendo pela Página Feminina e no Jornal de Jundiaí, escrevendo a seção Gorjeio de Poesia. Integrou a Academia Feminina de Letras e Artes de Jundiaí e a União Brasileira de Escritores (UBE). Participou de diversas antologias, entre as quais, Coletânea Jundiaiense de Poesia (1964), Poetas da Cidade (1970) e Antologia Poética de Jundiaí (1979). Foi autora da biografia com a qual a Sociedade Amigos de Jundiaí e a UBE prestaram homenagem à memória de José Romeiro Pereira, em 1962. Deixou vasta produção literária, em prosa e verso. Judith Arruda Carretta consta em verbete do Dicionário Jundiaiense de Literatura (Ed. Literarte, Jundiaí, 1999).
SE VOLTARES
Se voltasses um dia à minha porta,
despojado de bens e de riquezas
e trouxesses nos lábios, não importa
que desculpa, que frase de tristeza.
Se infeliz, com a esperança quase morta,
alquebrado o teu ânimo, a incerteza,
me implorasses o amor que reconforta,
reabilita, dá forças e nobreza.
Oh, querido, tu não calculas quão
venturosa outra vez me sentiria
com que preces, que casta devoção
com que flores, que aurora de poesias
tu serias bem-vindo ao coração
e aos meus braços abertos nesse dia.
Judith Arruda Carretta