(Jundiaí, 21/5/1931 +14/8/2000) – Pintora, desenhista, atriz, declamadora, compositora e copista. Pseudônimos artísticos: Avelina e Anilêva. Iniciou seus estudos de desenho em 1948, no antigo Instituto de Desenho Paratodos. Em 1950 tomou parte no 1º Salão Jundiaiense de Belas Artes, realizado no Gabinete de Leitura Ruy Barbosa. Em 1954 participou da 1ª Exposição de Arte dos Trabalhadores Industriais, promovida pelo Serviço Social da Indústria. A partir de 1961, Avelina buscou o aperfeiçoamento nas técnicas do desenho e da pintura, frequentando o curso do pintor Amadeu Accioly, no Gabinete de Leitura Ruy Barbosa. Dedicou-se, também, à criação de cartazes para festas folclóricas, indumentária para teatro e balé, ilustrações para a imprensa e elaboração de plantas-modelo para supermercados e postos de gasolina. Seus trabalhos em crayon, nanquim e têmpera ganharam espaço em várias exposições, como uma em que acompanhou o faquir Silk por diversas cidades do País, em 1957. Na década de 1970, realizou em Jundiaí a Exposição Milionária, com retratos de personagens conhecidos em notas de dinheiro ampliadas. O retratismo esteve presente em outra exposição sua, realizada em 1988, no Centro de Cultura Alternativa Renascendo, sob o título Em Cartaz, Você. Seus desenhos chegaram ao Japão, e à Grécia, além de se tornarem conhecidos em São Paulo e em várias cidades do interior do Estado. Em 1997, participou da exposição comemorativa do lançamento do Anuário Jundiaiense de Artes Plásticas, realizada no Grêmio Recreativo C.P., e em 1998, teve um de seus trabalhos incluídos na retrospectiva Resgate: l950, 1º Salão Jundiaiense de Belas Artes, realizada no Gabinete de Leitura Ruy Barbosa. Sua atuação como atriz e declamadora remonta aos anos 40, quando, sob direção da professora Glória Rocha, atuou em várias peças infantis e shows beneficentes apresentados no Cine Theatro Polytheama. Aos 16 anos, tornou-se apresentadora do programa infantil Grêmio do Sesinho, que era levado ao ar pela Rádio Difusora Jundiaiense, sob o prefixo ZYE-6. Comandou, também, primeiro nessa mesma emissora e depois na Rádio Santos Dumont, o Clube InfantoJuvenil, que visava revelar talentos na área musical. Nessa época, não tendo ainda chegado ao Brasil o sistema de transmissão de imagens pela TV, o radioteatro tinha grande prestígio, e foi através dele que Avelina despontou na arte dramática, em 1952, atuando nas peças Confissão e Novos Horizontes, escritas por sua irmã Olga de Brito e apresentadas em várias rádios da capital e do interior, através do Teatro Artístico de São Paulo. Em 1955, participando do Programa Renato Mursi, que era levado ao ar pela Rádio Nacional de São Paulo, conquistou o terceiro lugar em um concurso para declamadores. Como compositora, teve várias músicas gravadas em LPs e, estendendo a sua atuação nessa área, gerenciou, em São Paulo, a GEIPA – Gravadora e Editora Independência de Produções Artísticas. De volta a Jundiaí, atuou na Sociedade Amigos de Vila Arens e na Sociedade Jundiaiense de Folclore, ajudando a organizar diversos festejos. Interessou-se, também, pelo estudo de Direito, chegando a exercer a advocacia no ramo imobiliário, além de representar na cidade a Ordem dos Músicos do Brasil. Avelina foi catalogada por Celso de Paula no Anuário Jundiaiense de Artes Plásticas (Ed. Literarte, 1997, 1998 e 1999), no Dicionário Jundiaiense de Música e no Dicionário Jundiaiense de Artes Cênicas (Ed. Literarte, 1999).