(Jundiaí, 14/4/1964) – Pintor, escultor e gravador. Assina: Bonfá. Valmir iniciou suas atividades em 1979, em ateliê de serigrafia, desenvolvendo desenhos e aprendendo a técnica da gravura em silk screen. Em 1982, ingressou na Escola Contemporânea de Arte, onde cursou Comunicação e Artes Plásticas, e em 1985 concluiu Curso de Direção de Arte na Escola Superior de Propaganda e Marketing. Foi nesse período que começou a mostrar a sua produção artística, participando de uma mostra realizada na Escola Contemporânea de Arte, na capital, e de uma coletiva de artistas no Ateliê Vivant, em Jundiaí. Em 1999, participou de outra coletiva no Máxi Shopping Jundiaí e em 1992 foi um dos poucos jundiaienses selecionados para o Salão de Arte realizado no Parque Municipal Comendador Antonio Carbonari, vindo a receber Referência Especial do Júri pelo conjunto de seus trabalhos em escultura. No mesmo ano, também participou do IX Salão de Artes Plásticas de Mococa, recebendo Medalha de Prata em Pintura Contemporânea. A partir de 1993, intensificou a sua participação artística na cidade, realizando uma exposição individual no Espaço Designer’s Ângela Meirelles e uma mostra com pinturas e instalação com performance de artes plásticas no Centro das Artes. Em 1994, sendo indicado para presidir a Comissão Municipal de Artes Plásticas, lançou a ideia de instalarem-se esculturas de artistas jundiaienses em praças públicas, contribuindo, ele mesmo, com dois projetos nesse sentido: a escultura em ferro e concreto aparente localizada à Avenida Jundiaí, defronte ao Posto de Informações Turísticas da Coordenadoria Municipal de Cultura e Turismo, e a escultura Uvas, encontrada no canteiro central da Rodovia Vereador Geraldo Dias, no trevo de acesso ao Paço Municipal. Também nesse ano, produziu um conjunto de pinturas representando as oito estações tradicionais da Via Sacra – todas elas inspiradas na seca do Nordeste e ilustradas com passagens da Bíblia em português, hebraico e grego. Afora outras participações – como no IV Salão de Artes Plásticas de São Bernardo do Campo (1994) e em coletivas do Centro Cultural Tao Sigulda, em Campo Limpo Paulista, além de uma segunda instalação no Centro das Artes (Reciclagem, 1995) –, Bonfá tem atuado intensamente na área de direção de arte, tanto em São Paulo quanto em Jundiaí – onde responde pela direção do Estúdio de Quadrinhos –, promovendo cursos, lançamentos de CDs e espetáculos teatrais. Soma-se, ainda, aos trabalhos realizados pelo artista a restauração da imagem do padroeiro da Paróquia de Santo Antonio, após a mesma ter sido parcialmente destruída por atos de vandalismo praticados durante invasão ao santuário da igreja do Anhangabaú, em 2002. Valmir Bonfá consta em verbete do Anuário Jundiaiense de Artes Plásticas, edições de 1997 e 1998 (Celso de Paula, Ed. Literarte, Jundiaí).