(Palaia, Província de Pisa-Itália, 7/5/1925 +Jundiaí, 26/1/1992) – Poeta. Apelido: Italiano. Vittório Biagi passou a residir no Brasil em dezembro de 1949, fixando-se na cidade de Jundiaí, onde se casou com Alda Gragnani, em 1951. Foi colaborador do suplemento Estilo, publicado pelo Jornal de Jundiaí. Preparava a publicação de seu primeiro livro, quando morreu. Esta obra, intitulada Poesias, Palavras Imortais, Poeta, teve a sua publicação póstuma, em 1992, com vários poemas ilustrados pelo pintor Inos Corradin.
Viola Violeiro
Quando canta sempre chora
Chora o mato devastado
Chora o rio despovoado
A cabana está vazia
Até o fogo se apagou
A cabocla companheira
Foi-se embora e não voltou.
Está chorando o violeiro
Este amor que acabou
A cidade besta-fera
Que levou sua companheira.
Nas longas noites de lua
Sentado com o fogo no vento
O amor perdido lembrou
E de novo a viola chorou.
Violeiro da viola
Quando canta sempre chora
Violeiro quando chora
Está chorando o seu sertão.
(Jornal de Jundiaí, 13/1/1991)