(São Paulo, 23/12/1923 +Santana do Parnaíba, 17/11/1993) – Filho de Francisco Agnello, nasceu no bairro do Bom Retiro, onde, muito cedo, revelou seus dotes para desenho e literatura. Cursando o grupo escolar, no Bom Retiro, Renato desenhava tudo o que fazia parte do seu dia-a-dia, desde o professor aos colegas de classe, ganhando alguns trocados, vendendo os originais. Estudou desenho e pintura no Liceu de Artes e Ofícios e aos 18 anos, servindo ao Exército, na cidade de Itu-SP, passava horas reproduzindo cenas dentro do quartel, sempre a grafite. Entre um desenho e outro, escrevia poesias e crônicas, herança que deixou à sua filha, Bell Agnello. De volta a São Paulo, já como desenhista profissional, apurou-se nas técnicas da aguada, guache, nanquim, anilina e aquarela. Depois do primeiro emprego, como desenhista e artista gráfico – na José Tscherkasski e Cia., em São Paulo – foi trabalhar na Indústria de Papéis de Arte Emba Ltda. e, em seguida, na Indústria de Embalagens Pan Brasil, desenvolvendo, nestas, muitas embalagens para os chocolates Lacta, Sönksen e Ibéria; para as balas Neusa, de Piracicaba e Van Melle, de Jundiaí; para os pães Pullman e Seven Boys e para outros produtos do gênero. Criou as bolachas Maria e Maizena; desenhou centenas de coelhinhos para embalagens de ovos de Páscoa e deixou defensivamente a marca da sua arte nos invólucros dos bombons Sonho de Valsa e dos tabletes de chocolate Diamante Negro. Casou-se em 1947 com Anna A. Montanhes Rosalem e em 1962, mudando-se com a família para Jundiaí, abriu em frente à Cica uma indústria de embalagens. Tempos depois, fechada sua indústria, voltou a trabalhar na Pan Brasil, em São Paulo, onde conheceu o pintor italiano Túlio Pesce, dele se tornando grande amigo. Em junho de 1968 foi para a Bélgica, onde cursou Artes Gráficas e Fotografia na AGFA-Gevaert N.V., Mortsel. De volta ao Brasil, continuou a criar e gerenciar a produção de embalagens em várias outras indústrias, sendo a última delas a Indústria de Embalagens Celocort, em Santana do Parnaíba, onde faleceu, em 1993, vítima de um incêndio quando concluía trabalhos para as indústrias, Lacta e Ibéria, para a Páscoa de 1994. Um dos passatempos preferidos de Renato Agnello era pintar a óleo a bandeira brasileira e paisagens com barcos em cabeças de alfinetes, em feijões ou grãos de milho, bem como esculpir minúsculas peças em madeira, para se colocar em garrafas.