Entidade criada em 3 de março de 1970, em reunião realizada na residência da escritora Mariazinha Congílio, com as presenças de Aguinaldo de Bastos, Pedro Césare Cavini Ferreira, Alceu de Toledo Pontes, Maria Tereza da Silva, Jurema Gonçalves, Adelino Brandão, Euler Faro e Fábio Rodrigues Mendes, além da anfitriã. Os primeiros passos para a criação da entidade foram dados por Pedro Césare Cavini Ferreira e Fábio Rodrigues Mendes, que levaram a ideia para reuniões do Rotary Club e do Clube da Lady e realizaram os contatos com os demais escritores participantes do ato de fundação. Aguinaldo de Bastos presidiu a assembleia em que foram aprovados os estatutos, eleita a primeira diretoria e instituídas 20 cadeiras de membros efetivos, das quais nove tiveram preenchimento imediato: 1. Cadeira Euclides da Cunha – Adelino Brandão; 2. José Feliciano de Oliveira – Alceu de Toledo Pontes; 3. Castro Alves – Aguinaldo de Bastos; 4. Roberto Simonsen – Maria Tereza da Silva; 5. Ruy Barbosa – Jurema Gonçalves; 6. Venceslau de Queiroz – Fábio Rodrigues Mendes; 7. Guilherme de Almeida – Mariazinha Congílio; 8. Humberto de Campos – Euler Faro; 9. Pedro Saturnino Vieira de Magalhães – Pedro Césare Cavini Ferreira. As outras 11 cadeiras, conforme deliberado na assembleia, teriam como patronos: 10. Vicente de Carvalho; 11. Lupe Cotrim; 12. Machado de Assis; 13. Monteiro Lobato; 14. Martins Fontes; 15. Guimarães Rosa; 16. Álvares de Azevedo; 17. Edgard Cavalheiro; 18. Cecília Meirelles; 19. Gonçalves Dias; 20. José de Alencar. Assim idealizada e constituída, a A.J.L. veio ter como seu primeiro presidente o historiador Alceu de Toledo Pontes; como secretário geral, Fábio Rodrigues Mendes; 1º secretário, Pedro Césare Cavini Ferreira; 2º secretário, Aguinaldo de Bastos; 1º Tesoureiro, Jurema Gonçalves; 2º Tesoureiro, Adelino Marques da Silva Brandão. Em pouco tempo, porém, ante a falta de outras adesões, o entusiasmo desse grupo acabou arrefecendo e a entidade caiu no esquecimento. Seu ressurgimento foi ocorrer no dia 8 de março de 1980, graças à iniciativa das escritoras Luiza da Silva Rocha Rafael e Josefina Rodrigues da Silva, que levaram para a A.J.L. a experiência da Academia Feminina de Letras e Artes, que elas haviam fundado oito anos antes. Com a aglutinação de antigos e novos membros, a A.J.L. teve aprovado, nessa data, um novo estatuto, no qual ficaram assentadas como suas finalidades básicas: incentivar a cultura em geral e a literatura em particular; propagar o culto, o estudo, a exaltação e a divulgação da vida e obra de personagens históricos e figuras literárias, especialmente de Jundiaí. Foram instituídas, então, 40 cadeiras de membros efetivos, sendo os respectivos patronos escolhidos por seus primeiros ocupantes. Segue a relação dos ocupantes originais e posteriores dessas cadeiras: 1. Castro Alves – Dirce Nunes Kablukow; 2. Vicente de Carvalho – Jandyra Miranda Duarte; 3. Dr. Benedito de Godoy Ferraz – Luíza da Silva Rocha Rafael; 4. José Mauro de Vasconcelos – Mercedes Cruañes Rinaldi; 5. Luiz Otávio – Rute Miranda Sirilo (Lannoy Dorin; João Carlos José Martinelli); 6. Domingos Faro – Euler Roudemar Buzá Faro; 7. José Feliciano de Oliveira – João Ribeiro Júnior (Nerina Ruth Eichemberger Silva); 8. Augusto dos Anjos – Yole Antiqueira Mendes Pereira; 9. Dr. José Romeiro Pereira – Olga Mathion; 10. João Guimarães Rosa – Celso Fonseca Júnior (Ida Lehner de Almeida Ramos); 11. Raimundo Correia – Maria Tereza da Silva; 12. Amadeu Amaral – Roberto Rodrigues de Oliveira (Lúcia Helena de Andrade Gomes); 13. Cecília Meirelles – Josefina Rodrigues da Silva; 14. Prof. Lázaro Miranda Duarte – Romeu Adriani (Mário de Miranda Chaves; Ubirajara Souza Tavares); 15. Hermenegildo Martinelli – Fábio Rodrigues Mendes (Luiz Haroldo Gomes de Soutello); 16. Francisco Carvalho de Barros Júnior – Aparecida Mariano de Barros; 17. Monteiro Lobato – Anna Aparecida Osti Geromel; 18. Euclides da Cunha – Antonio Adelino Marques da Silva Brandão (Simone Zanotello); 19. Armando Colaferri – Ermínia Serafim Mendes (Theresa Togni); 20. Ruy Barbosa – Myrna Irânia Jensen (Godofredo C. Sampaio); 21. Wenceslau de Queiroz – Aristides Prado (Maria Lígia Biancardi Nogueira); 22. Innocêncio Mazzuia – Mário Mazzuia (Luciano Buzatto; Renata Iacovino); 23. Vinícius de Moraes – Olga de Brito; 24. Alceu de Toledo Pontes – Geraldo Barbosa Tomanik; 25. Pedro Saturnino Vieira de Magalhães – Pedro Césare Cavini Ferreira (Élvio Alvarez Santiago); 26. Juscelino Kubitschek de Oliveira – Mariazinha Congílio; 27. João Baptista Figueiredo – Júlia Fernandes Heimann; 28. Menotti Del Picchia – Jorge Luiz de Almeida; 29. Haydée Dumangin Mojola – Antonio Luiz Amadesi Gomes; 30. Diógenes Duarte Paes – Aldo Cipolato (Paulo Alfredo Moraes Leite); 31. Casimiro de Abreu – Valderez de Mello Cornachione; 32. Glória Rocha – Aparecida de Oliveira Gomes; 33. Machado de Assis – Mauro Vaz de Lima (Sônia Maria de Araújo Cintra); 34. Antonio Alcântara Machado – Douglas Tufano; 35. Monsenhor Dr. Arthur Ricci – Padre Benedito Antonio Jahnel; 36. Murilo Mendes – Domingos Paoliello (Evandro Fernandes da Silva); 37. José Leme do Prado Filho – Romão de Souza (Celso Francisco de Paula); 38. Manuel Bandeira – Ivanira de Souza Lima Dadalt (Regina Dragiça Kalman); 39. João Horta de Macedo – Maria José Simões da Veiga (Nelson Manzatto); 40. Morivaldo Lobo da Costa – Tarcísio Germano de Lemos. Além dos membros efetivos, a Academia Jundiaiense de Letras conta com cerca de duas dezenas de membros honorários e correspondentes que participam, em igualdade de condições, de uma antologia que é publicada anualmente, pela entidade, sob o título Letras Acadêmicas. A A.J.L. é declarada de utilidade pública pela Lei Estadual 11.207, de 19/7/2002, e detentora da Medalha Petronilha Antunes, outorgada pela Câmara Municipal de Jundiaí em 2003.