TUMA, NICOLAU

(Jundiaí, 19/1/1911 +São Paulo, 11/2/2006) – Jornalista e radialista. Depois de fazer seus primeiros estudos na antiga Escola Paroquial Francisco Telles e no antigo Grupo Escolar Siqueira Moraes, em Jundiaí, Nicolau Tuma mudou-se com a família para São Paulo, onde trilhou brilhantes carreiras no jornalismo, no rádio e na política. Depois de testar sua vocação para a Medicina, frequentando a Faculdade Paulista como aluno ouvinte, em 1927 Tuma ingressou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, onde se bacharelou. Sentiu brotar sua veia para o jornalismo quando cursava o segundo ano de Direito, candidatou-se à função de repórter no Diário Nacional e, sendo aprovado, ali iniciou sua carreira. Logo depois, passou para o jornal A Época e também trabalhou no tabloide O Sete de Abril, primeiro jornal de bairro de São Paulo. Já em 1929, iniciou sua experiência no rádio, como locutor da antiga Rádio Educadora Paulista. Desta emissora, transferiu-se para a Record e, depois, para a Rádio Difusora, onde galgou todos os postos, chegando ao cargo de diretor-superintendente. Foi, também, diretor-gerente da Rádio Tamoio e, entre 1943 e 1945, exerceu o cargo de diretor da Rede Brasileira de Emissoras Associadas. Ao longo desse período de rádio, Tuma noticiou, em primeira mão, acontecimentos de relevo na vida nacional e internacional, tais como a eclosão do Movimento Constitucionalista de 1932, provocado pela morte dos estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, na Praça da República, e o famoso “Dia D”, em que as forças aliadas tomaram a Normandia francesa, pondo fim à 2ª Guerra Mundial. Ainda na década de 1940, Tuma veio compor a primeira equipe de locutores da Rádio Difusora Jundiaiense. Já em 1951, como integrante do cast artístico da Rádio Bandeirantes, retornou a Jundiaí para gravar a peça-documentário Abraham Lincoln em Illinois, da qual tomaram parte Celso Guimarães (no papel principal), Nelson Loda e Gonzaga Martins, também jundiaienses. Narrador esportivo – Tuma notabilizou-se, particularmente, como locutor esportivo, narrando desde jogos de futebol a lutas de boxe e corridas de automóveis. Conforme consta dos anais do radialismo brasileiro, foi ele o primeiro locutor nacional a narrar, ao vivo, uma partida de futebol. Isto se deu em 1932, em um jogo entre as seleções paulista e do Paraná, válido pelo antigo Campeonato Brasileiro Interseleções. Para fazer a sua transmissão, Tuma teve que instalar-se com toda a aparelhagem entre o público, visto que inexistiam, nessa época, cabinas apropriadas para os locutores. Além dessa proeza, lhe é atribuída a criação do próprio termo radialista, usado por ele na época em que ainda se dava a esse profissional o nome de speaker, importado da língua inglesa. Por seu estilo extremamente rápido, era ele chamado, nessa época, de “o speaker-metralhadora”. Sua última narração esportiva aconteceu em 23 de agosto de 1942. Política – Depois que deixou o rádio, Nicolau Tuma voltou-se para a política, elegendo-se vereador em São Paulo nos anos de 1947, 1951 e 1955 e deputado federal em 1958. Somaram mais de 2.000 os projetos apresentados por ele no exercício da vereança. Um dos mais famosos foi o que levou à instalação de escadas rolantes na Estação Júlio Prestes. Na Câmara Federal, além de ter sido o relator da lei que instituiu o Código Brasileiro de Telecomunicações, foi um dos deputados que mais trabalhou para a criação da Empresa Brasileira de Telecomunicações (Embratel) e dos serviços de Discagem Direta à Distância (DDD) e de Discagem Direta Internacional (DDI). Em 1968, Tuma foi nomeado ministro do Tribunal de Contas, função na qual se aposentou.

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EFEMÉRIDES
Em 20 de maio de ...
1867 Nascia em Jundiaí João Maria Gonzaga de Lacerda, o último intendente e primeiro prefeito de Jundiaí.
1925 Nascia em Jundiaí o diretor teatral Irineu Tromboni.
1935 Nascia em Jundiaí o pintor, desenhista, escultor e gravador Maurício Dumangin Mojola.
1949 Nascia em Jundiaí o radialista e jornalista Fernando Antonio Bonetti Dias.
1959 Nascia em Jundiaí o escultor-entalhador e Juiz de Direito Antonio Feliciano Poli.
1972 Falecia em Jundiaí, aos 81 anos, Judith Carrara Jahnel.
2005 Falecia em Jundiaí, aos 31 anos, o músico e compositor Rodrigo Alvarez Santiago.  
2006 Falecia em Jundiaí, aos 69 anos, o engenheiro e amante das artes Ênio Pozzani.

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